Bússola

Um conteúdo Bússola

BÚSSOLA TRENDS: Existe sobrevida para o Clubhouse?

Uma nova parceria com o TED Talks promete aumentar a audiência e utilização do aplicativo

Brasileira Dandara Pagu é novo avatar mundial do Clubhouse  (Divulgção/Divulgação)

Brasileira Dandara Pagu é novo avatar mundial do Clubhouse (Divulgção/Divulgação)

B

Bússola

Publicado em 21 de julho de 2021 às 12h43.

Por Alexandre Loures e Flávio Castro*

Houve um imenso alvoroço em torno do lançamento da rede social Clubhouse, em fevereiro de 2021. O aplicativo, baseado em chats de voz, alcançou um pico de popularidade quando brasileiros, usuários de IPhone (iOS), passaram a ter acesso à rede por meio de convites, no estilo member get member. A sensação de exclusividade foi um fator bastante mencionado por quem se propôs a analisar o contexto, ainda mais considerando que só em maio  a plataforma chegou ao Android.

Nomes como Elon Musk e Mark Zuckerberg apareceram nos chats de conversa. Influenciadores digitais e youtubers ganharam voz na plataforma, moderando salas e ganhando inúmeros seguidores em outras redes, caso da Dandara Pagu, novo avatar mundial do Clubhouse, que conquistou 52,3 mil seguidores no Instagram – antes eram 3 mil.

Neste mês, a plataforma anunciou a expansão global do programa Creators First que chega ao Brasil gerando entusiasmo para os criadores de conteúdo. O programa fornecerá, a alguns participantes selecionados pelo app, suporte e orientação para ajudá-los a desenvolver conteúdos criativos e promover os seus programas, além de apoio financeiro vinculando criadores a marcas, com a possibilidade de uma bolsa mensal.

Os concorrentes também lançaram seus aplicativos de chats de voz ao vivo: Facebook com o Live Audio Rooms, Greenroom do Spotify e Spaces do Twitter, que está liberando uma ferramenta de monetização para alguns usuários, onde eles podem pagar uma mensalidade para ter acesso a conteúdos exclusivos e também comprar ingressos para participar de salas de áudio exclusivas.

Uma startup de São Francisco também vai lançar a sua plataforma Swell, que concorrerá com esses apps adicionando ainda opções de bate-papos, DMs, e Swellcasts, uma espécie de tópico de conversa do Twitter que inclui clipes de áudio.

falamos aqui sobre a importância do áudio. As pessoas querem falar e ser ouvidas, além de descansar das imagens das telinhas. O bate-papo por voz está cada vez mais popular porque permite uma forma mais natural e ágil de comunicação. Porém, depois de um pico de 9,6 milhões de downloads do Clubhouse, em fevereiro deste ano, só 922 mil downloads foram realizados no mês de abril de 2021.

SERÁ O FIM DO CLUBHOUSE?

Se é, talvez seja cedo para saber, mas que estão retomar o hype, não há dúvida. A reação do Clubhouse chega com o lançamento da parceria com o TED, uma sala oficial que tem como missão a expansão de seu conteúdo, além de tornar o público mais fiel e interessado nas conversas.

O grupo TED mantém, em média, 1,65 milhões de downloads por dia de seus podcasts. Não é difícil entender que o Clubhouse está buscando uma maneira de se beneficiar deste número para aumentar a sua audiência.

Outras salas devem ser anunciadas em breve, com a possibilidade para a venda de espaços publicitários e também a funcionalidade Backchannel que permite a troca de mensagens escritas, seja individualmente ou bate-papo em grupo.

Qual é a sua aposta? Você acha que existe sobrevida para o Clubhouse?

Essa estratégia vai conseguir aumentar seus números e fazer a rede se popularizar?

Leia mais

*Alexandre Loures e Flávio Castro são sócios da FSB Comunicação

Este é um conteúdo da Bússola, parceria entre a FSB Comunicação e a Exame. O texto não reflete necessariamente a opinião da Exame.

 

Siga a Bússola nas redes: Instagram | LinkedInTwitter | Facebook | Youtube

Veja também:

 

Acompanhe tudo sobre:Clubhouse (rede social)Comunicaçãomarketing-digitalRedes sociais

Mais de Bússola

Otimismo para a safra 2025 de M&As no Brasil

Ageless: os principais desafios do profissional 50+

As principais tecnologias emergentes no Digital Out-of-home 

Alejandra Yacovodonato: o ROI da educação socioemocional