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3 perguntas de ESG para Thayrinne Alves, do grupo Zelo

Gerente de Sustentabilidade do grupo fala sobre os desafios socioambientais e de governança no segmento funerário

Thayrinne Alves, gerente de Sustentabilidade do grupo Zelo (Zelo/Divulgação)

Thayrinne Alves, gerente de Sustentabilidade do grupo Zelo (Zelo/Divulgação)

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Publicado em 21 de abril de 2022 às 18h10.

Por Renato Krausz*

1) Quais são os desafios socioambientais do setor funerário e, em especial, de uma empresa do porte do grupo Zelo?

Thayrinne Alves: Um dos nossos maiores desafios é que a atividade funerária ainda não é completamente regulamentada pela legislação ambiental brasileira, tendo particularidades em cada município em que atuamos. Para lidar com isso, buscamos ter como referência as normas, os padrões e as melhores práticas adotadas no mercado. No aspecto social de maneira geral, temos buscado criar e aprimorar o relacionamento com as comunidades influenciadas por nossas operações, bem como apoiar projetos e ações sociais que ofereçam benefícios em âmbito nacional.

Nos processos de diligência prévia do grupo Zelo, a área de ESG também exerce um papel crucial nas etapas decisórias para aquisições e fusões. São avaliados aspectos sociais, ambientais e de governança antes da integração. O desafio, após a incorporação, é atuar em todas as adequações necessárias para que as operações, que em grande parte eram negócios familiares, estejam no que chamamos de padrão Zelo.

2) O grupo Zelo é o primeiro do setor a lançar um Relatório de Sustentabilidade. Em que medida isso facilita futuros investimentos?

Thayrinne Alves: Já estamos em fase de elaboração da segunda edição do Relatório de Sustentabilidade do grupo Zelo, seguindo os padrões da Global Reporting Initiative (GRI). O documento mostra que a empresa assume compromissos com a pauta ESG, controla seus riscos e se preocupa com a perenidade do negócio, de maneira ética, sustentável e pautada em valores que incluem ações socioambientais e de governança. O Relatório de Sustentabilidade é uma forma de trazer transparência para o investidor e sinalizar para a sociedade que a corporação está comprometida com as exigências do mercado.

3) O setor, como um todo, ainda é muito familiar. Como começar uma estrutura de governança praticamente do zero?

Thayrinne Alves: Um dos principais desafios de se começar uma estrutura de governança, ou de aplicar o nosso sistema em uma empresa recém-integrada, é implantar a cultura organizacional do Zelo. Em grande parte dos negócios de fusões e aquisições que o grupo Zelo realiza, os antigos proprietários tornam-se sócios e permanecem atuando na operação do negócio naquela unidade.

É preciso estabelecer e aprimorar, cada vez mais, a comunicação, principalmente no momento de integração, entre os sócios e priorizar a transformação no que diz respeito ao Compliance, implementar controles internos eficazes e boas práticas de tratamento de dados. Essa transformação, em alguns casos, significa uma adaptação sobre a responsabilidade corporativa, levando em consideração diversos capitais da empresa, como o humano, social e o ambiental.

*Renato Krausz é sócio-diretor da Loures Comunicação

Este é um conteúdo da Bússola, parceria entre a FSB Comunicação e a Exame. O texto não reflete necessariamente a opinião da Exame.

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