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3 perguntas de 5G para Rodrigo Dienstmann, CEO da Ericsson Latam Cone Sul

Executivo participa amanhã do seminário 5G.br São Paulo, que marca a chegada da tecnologia no Brasil, promovido pelo Ministério das Comunicações

Rodrigo Dienstmann: Evento será no hotel Grand Hyatt, em São Paulo (Bússola/Reprodução)

Rodrigo Dienstmann: Evento será no hotel Grand Hyatt, em São Paulo (Bússola/Reprodução)

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Publicado em 10 de agosto de 2022 às 09h45.

Por Bússola 

O 5G é uma das plataformas de inovação mais importantes da próxima década, capaz de transformar a sociedade, os modelos de negócios e a economia do país. E vai exigir dos atores do mercado uma atuação conjunta na geração de um ecossistema sustentável de inovação para impulsionar esse movimento. [Quebra da Disposição de Texto][Quebra da Disposição de Texto]Essa é a visão de Rodrigo Dienstmann, CEO da Ericsson para o Cone Sul da América Latina. Em entrevista à Bússola, ele fala sobre o papel da companhia dentro desse ecossistema e sobre seu compromisso com clientes e os mercados em que atua. 

Amanhã, 11 de agosto, ele será um dos palestrantes do seminário 5G.br São Paulo, promovido pelo Ministério das Comunicações (MCom). Ele participa do painel "5G no Brasil: avanços na conectividade em um país continental", juntamente com executivos da Claro, da Vivo e da TIM, com moderação do conselheiro da Anatel, Artur Coimbra. 

O evento, que acontece no hotel Grand Hyatt, em São Paulo (SP), discute o alcance da transformação na economia e nos setores produtivos da chegada do 5G no Brasil. Para se inscrever, basta preencher um formulário no site do evento.  

Bússola: Muito se fala das aplicações industriais do 5G, mas a Ericsson tem fechado parcerias e pilotos em setores que vão de universidades a projetos sociais. Como a companhia enxerga o potencial da tecnologia? 

Rodrigo Dienstmann: Como sempre reforçamos, o 5G não é apenas um G a mais. É, na verdade, uma plataforma de inovação —uma das mais importantes da próxima década—, que chega com a capacidade de transformar a sociedade, as empresas, os modelos de negócios e a economia do país. Mas, para que a nova tecnologia gere a transformação de que tanto ouvimos falar e todos esperamos, todo um novo ecossistema de inovação deve ser criado. As operadoras que adquiriram as frequências têm a grande oportunidade de, além implantar as redes, criar uma gama de serviços que não existem hoje, oferecerendo aos clientes mais inovação e valor percebido.  

A pandemia acelerou a adoção da tecnologia, e nossa experiência como pioneiros no lançamento do 5G ao redor do mundo nos permite trazer ao Brasil boas práticas, tal como sair na frente na oferta do 5G standalone. Temos visto que o usuário, seja um consumidor ou grande empresa, não quer ter só uma boa experiência com mais velocidade e melhor conexão. O mercado demanda serviços digitais avançados impulsionados pelo 5G. 

Bússola: Vocês acreditam no potencial de parcerias público-privadas para que a oferta do 5G possa favorecer outros públicos além daqueles que seriam já tradicionalmente cobertos? 

A plataforma 5G permite uma verdadeira reformulação em muitos setores, tal como o mercado de games, de serviços de telemedicina avançada, educação à distância, serviços públicos, novas tecnologias aplicadas ao agronegócio, entre outros. E isso representa uma excelente oportunidade de geração de novos negócios para atender diferentes públicos. 

É indispensável, contudo, que todos os atores atuem conjuntamente na criação de um ecossistema sustentável de inovação para impulsionar esse movimento. Nossos clientes terão que transformar seus modelos de negócios para atender às novas demandas e inovar para monetizar o 5G. Os parceiros e clientes dos nossos clientes têm o desafio de rever seus processos e identificar novas oportunidades em que a nova tecnologia adicione valor. 

As esferas governamentais devem fomentar a transformação mais além de atuar na regulação. Abre-se também uma janela enorme de oportunidade aos pesquisadores e aos desenvolvedores de soluções digitais e APIs. É definitivamente um trabalho em parceria contínua. 

Bússola: A Ericsson no Brasil apostou muito na chegada do 5G e foi uma das grandes entusiastas da tecnologia. Que impacto a companhia espera agora nos resultados?

Há 145 anos no mundo, dos quais quase 100 no Brasil, a Ericsson protagoniza os mais importantes saltos tecnológicos registrados na história das telecomunicações e não foi diferente com o 5G. Começamos a estudar e pesquisar a nova tecnologia no início da década passada, o que nos assegurou desenvolver um portfólio 5G forte e flexível que permite aos nossos clientes implementar a nova tecnologia em todas as principais bandas de frequências globais e utilizar seus ativos de espectro da maneira mais eficiente. 

Desde a padronização 5G, a Ericsson tem sido um player essencial para tornar as redes 5G uma realidade comercial. Os clientes pioneiros nos selecionam como parceiros 5G e fomos os primeiros a ativar redes comerciais em quatro continentes. No Brasil – onde temos uma operação completa que combina negócios, soluções digitais, fabricação e instalação de infraestrutura, e P&D&I –, somos líderes no 4G, com 52% de market share, e estamos mantendo essa posição na evolução ao 5G. 

Nosso compromisso como Ericsson é apoiar nossos clientes, os parceiros e clientes dos nossos clientes, e os mercados em que atuamos de forma geral a extrair o máximo valor habilitado pela conectividade móvel de ponta. 

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