TRENDS: 3 maneiras de utilizar NFTs para engajar consumidores
Tokens não fungíveis podem ser copiados, mas são insubstituíveis
Bússola
Publicado em 8 de junho de 2022 às 18h30.
Última atualização em 9 de junho de 2022 às 06h54.
Por Alexandre Loures e Flávio Castro*
Quem já ouviu falar em FOMO sabe: a expressão do momento representa o “medo de ficar de fora”. Fear of missing out é mais um termo usado para aqueles que não querem deixar de acompanhar as novas tendências.
NFTs são comumente conhecidos como obras digitais que podem ser vendidas por milhões, como foi o caso de uma colagem feita pelo artista Beeple, que atingiu a marca de US$ 69 milhões, arrematada numa das maiores casas de leilão do mundo - Christie’s -, o que causou uma revolução na arte digital, chamando a atenção das agências.
Tokens não fungíveis são únicos, apesar de facilmente copiáveis. A diferença é que são insubstituíveis. Por meio da tecnologia que carregam, é fácil verificar a certificação de originalidade, seja de uma foto, vídeo, música ou arte, o que torna esses ativos exclusivos e rastreáveis.
Nesta semana, Mark Zuckerberg, em um post no Facebook, anunciou que começará a testar colecionáveis digitais no Instagram, para que criadores e colecionadores possam exibir seus NFTs.
O mercado parece ser lucrativo e mais uma nova ferramenta para a criação de estratégias de marketing a fim de engajar consumidores.
Listamos 3 maneiras de utilização
1.Criação de comunidades
O lançamento da Winechain.Co exemplifica muito bem como NFTs podem ser usados para criar e fortalecer comunidades.
Ela é uma plataforma global de tokens não fungíveis que promete conectar vinícolas e consumidores de todo o mundo que buscam vinhos raros e muitas vezes não têm a certificação correta do que estão comprando.
Os tokens vinculados aos vinhos darão a garantia da autenticidade e rastreabilidade dos vinhos.
Para colecionadores, essa mudança trará maior segurança na hora da compra, e credibilidade ao fornecedor.
O uso de NFTs, nessa aplicação, além de criar uma comunidade, levará aos consumidores fiéis, uma segurança nunca antes experimentada.
2.Interação e experiência fígital
Cada vez mais os clientes querem viver experiências com suas marcas favoritas. Na mesma proporção, as marcas querem ter maior interação com seus clientes.
É possível unir o mundo digital com o físico, promovendo mais experiências, utilizando NFTs.
Marcas como Nike e Prada estão criando gêmeos digitais de seus produtos. O intuito é fazer com que cada compra tenha sua contraparte digital.
A Prada apresentou seu primeiro projeto NFT, uma coleção de camisetas físicas, de edição limitada, que vêm com um gêmeo NTF correspondente. Aqueles que comprarem uma das 100 camisas criadas por Cassius Hirst, filho do renomado Damien, receberão um token como parte da experiência.
A Nike anunciou versões físicas de seus tênis digitais e, tudo indica, fará parceria cripto com a Louis Vuitton.
A integração entre físico e digital, aliada a experiências, promove maior interação entre marca e cliente, um ganho enorme para fidelização e conexão com o consumidor.
3.Criação de itens exclusivos e comemorativos.
Comemorar momentos especiais sempre é uma boa estratégia para chamar a atenção do cliente.
Foi o que a banda Sex Pistols fez em comemoração ao Jubileu da Rainha. Eles relançaram a música “God save the Queen”, um hino antimonarquia, que marcou a revolução punk da década de 1970.
Rapidamente o single se tornou o mais vendido do Reino Unido, 45 anos depois de ter seu primeiro lugar negado.
Junto com essa ação, eles terão uma moeda comemorativa do lançamento icônico, que virá com um Sex Pistols NFT, disponível em julho deste ano.
A iniciativa já está dando o que falar e possibilita, aos fãs, possuírem um ativo não fungível de sua banda favorita, possível objeto de desejo para os amantes da banda.
Jogada de marketing? Muitos falam que sim, os tokens não fungíveis servem para atrair consumidores ávidos por novidades.
De qualquer maneira eles são um novo mercado a ser explorado a longo prazo.
Estamos vendo um universo gigantesco de possibilidades que devem ser exploradas, testadas, utilizadas, de acordo com cada demanda.
É FOMO?
Pode até ser para alguns, mas essa tecnologia tem um grande potencial para atingir diferentes públicos, de maneiras distintas, aplicada caso a caso, com possibilidades vantajosas para marcas e clientes.
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