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Para Yoani, governo brasileiro é só "silêncio" sobre Cuba

Blogueira pede dureza do governo brasileiro na hora de dialogar com o regime dos irmãos Castro. Para ela, na seara dos direitos humanos, o Brasil só oferece “silêncio”

Yoani Sánchez: elogios ao Brasil, críticas ao governo  (REUTERS/Helia Scheppa)
DR

Da Redação

Publicado em 21 de fevereiro de 2013 às 14h25.

São Paulo – Depois de elogiar a democracia e pluralidade brasileiras, a blogueira Yoani Sánchez , uma das principais vozes contra o regime socialista cubano, endureceu o discurso contra o governo do Brasil e a diplomacia nacional, a que acusou de se silenciar perante as violações de direitos humanos em Cuba.

“Falta dureza ou franqueza na hora de plantar o tema de direitos humanos na ilha. No caso do governo brasileiro, tem havido demasiado silêncio”, afirmou a autora do blog “ Generaciõn Y ” hoje em evento na sede do jornal O Estado de S. Paulo.

Ela reconheceu que o estreitamento econômico entre os dois países pode ajudar as pessoas da ilha, que vivem sob privações, mas que o Executivo do Brasil deveria, assim como qualquer outra nação, unir as relações comerciais com um posicionamento político mais “enérgico”.

“Tem que manter os direitos humanos e as violações em Cuba como condição de diálogo em fóruns internacionais. Deixar claro, por escrito e confirmado, que (as trocas comerciais e investimentos) não se tratam de oxigênio para o totalitarismo, mas ajuda ao povo”, reagiu a blogueira.

Desde o governo Lula , a diplomacia brasileira tem sido criticada pela aproximação com Cuba, histórica dentro do PT. No ano passado, a presidente Dilma Rousseff, em visita à ilha, minimizou a questão dos direitos humanos, afirmando que todas as nações tinham “telhado de vidro” para abordar a questão com o país castrista.

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“Falta dureza ou franqueza na hora de plantar o tema de direitos humanos na ilha. No caso do governo brasileiro, tem havido demasiado silêncio”, afirmou a autora do blog “ Generaciõn Y ” hoje em evento na sede do jornal O Estado de S. Paulo.

Ela reconheceu que o estreitamento econômico entre os dois países pode ajudar as pessoas da ilha, que vivem sob privações, mas que o Executivo do Brasil deveria, assim como qualquer outra nação, unir as relações comerciais com um posicionamento político mais “enérgico”.

“Tem que manter os direitos humanos e as violações em Cuba como condição de diálogo em fóruns internacionais. Deixar claro, por escrito e confirmado, que (as trocas comerciais e investimentos) não se tratam de oxigênio para o totalitarismo, mas ajuda ao povo”, reagiu a blogueira.

Desde o governo Lula , a diplomacia brasileira tem sido criticada pela aproximação com Cuba, histórica dentro do PT. No ano passado, a presidente Dilma Rousseff, em visita à ilha, minimizou a questão dos direitos humanos, afirmando que todas as nações tinham “telhado de vidro” para abordar a questão com o país castrista.

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