Volume de empréstimos para casa própria cresce 50% em um ano
Valor usado para a compra da casa própria aumentou para R$ 167,4 bilhões; governo descarta bolha de crédito no setor
Da Redação
Publicado em 5 de janeiro de 2012 às 14h14.
Brasília – O aumento nas operações de crédito para a compra da casa própria teve impacto na concessão geral de empréstimos no Brasil, informa o Banco Central (BC). A nota sobre política monetária e operações de crédito do sistema financeiro, divulgada hoje (27), mostra que, em 12 meses, contabilizados de julho de 2010 a junho de 2011, o volume de empréstimos para aquisição de imóveis cresceu 50%.
Nesse período, o total emprestado passou de R$ 116,1 bilhões para R$ 167,4 bilhões. O chefe do Departamento Econômico (Depec) do BC, Tulio Maciel, disse que o crédito habitacional, incluindo imóveis financiados pelo Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e o Programa Minha Casa, Minha Vida, é a modalidade que “está puxando” os empréstimos para a pessoa física. O saldo habitacional passou a representar 4,3% do Produto Interno Bruto (PIB), 1 ponto percentual acima do verificado em junho de 2010.
Maciel acredita que não haja no Brasil ameaça de bolha de crédito como ocorreu nos Estados Unidos durante o epicentro da crise financeira internacional, deflagrada no final de 2008 e cujos efeitos foram sentidos a partir de 2009. “A participação é muito restrita”. A avaliação é de que os empréstimos continuem crescendo, mas com efeito estatístico menor.
A maior parte do crescimento do crédito habitacional foi verificada no ano passado. No primeiro semestre deste ano, o percentual acumulado é 20,7% (em junho, o crescimento foi 3,8%). “A gente espera que continue crescendo em taxas significativas, mas que arrefeça”, disse Maciel.
O aumento do financiamento habitacional compõe o crescimento das operações de crédito do sistema financeiro, que, segundo o BC, teve a maior alta desde 2000 (início da série): 47,2% no primeiro semestre. Para o chefe do Depec, o crescimento “está em linha” com as previsões do BC e pode chegar a 48%.
A expectativa de que os empréstimos continuem sendo procurados tem relação com o aumento da massa salarial (empregos gerados e salários pagos), o que também favorece a diminuição da inadimplência. O percentual de aumento da massa salarial, que ficou em 6,7% em março, manteve-se nesse mesmo patamar em maio e, em junho, ficou em 6,3%. “A massa salarial maior favorece o cumprimento de obrigações”, observou Maciel.
O BC também observou uma tendência de alongamento do pagamento da dívida, o que colabora para a diminuição da inadimplência. O prazo médio de pagamento da dívida, que era 383 dias em dezembro de 2009, fechou em 482 dias no mês passado, para pessoas físicas e pessoas jurídicas. É o caso, por exemplo, de quem tem dívida com cheque especial ou cartão de crédito e quita com um empréstimo mais alongado sob consignação em folha de pagamento ou pelo crédito direto ao consumidor (CDC).
Além dos dados semestrais, o BC apresentou hoje os indicadores de julho, que confirmam o aumento do custo de empréstimo. Segundo o chefe do Depec, os empréstimos pelo sistema financeiro ficaram 0,8% mais caros, nos primeiros nove dias úteis de julho (até o dia 13); a taxa de juros aplicada chegou a 40,2% (variação de 0,7 ponto percentual) e o spread bancário teve aumento de 0,6%.
Brasília – O aumento nas operações de crédito para a compra da casa própria teve impacto na concessão geral de empréstimos no Brasil, informa o Banco Central (BC). A nota sobre política monetária e operações de crédito do sistema financeiro, divulgada hoje (27), mostra que, em 12 meses, contabilizados de julho de 2010 a junho de 2011, o volume de empréstimos para aquisição de imóveis cresceu 50%.
Nesse período, o total emprestado passou de R$ 116,1 bilhões para R$ 167,4 bilhões. O chefe do Departamento Econômico (Depec) do BC, Tulio Maciel, disse que o crédito habitacional, incluindo imóveis financiados pelo Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e o Programa Minha Casa, Minha Vida, é a modalidade que “está puxando” os empréstimos para a pessoa física. O saldo habitacional passou a representar 4,3% do Produto Interno Bruto (PIB), 1 ponto percentual acima do verificado em junho de 2010.
Maciel acredita que não haja no Brasil ameaça de bolha de crédito como ocorreu nos Estados Unidos durante o epicentro da crise financeira internacional, deflagrada no final de 2008 e cujos efeitos foram sentidos a partir de 2009. “A participação é muito restrita”. A avaliação é de que os empréstimos continuem crescendo, mas com efeito estatístico menor.
A maior parte do crescimento do crédito habitacional foi verificada no ano passado. No primeiro semestre deste ano, o percentual acumulado é 20,7% (em junho, o crescimento foi 3,8%). “A gente espera que continue crescendo em taxas significativas, mas que arrefeça”, disse Maciel.
O aumento do financiamento habitacional compõe o crescimento das operações de crédito do sistema financeiro, que, segundo o BC, teve a maior alta desde 2000 (início da série): 47,2% no primeiro semestre. Para o chefe do Depec, o crescimento “está em linha” com as previsões do BC e pode chegar a 48%.
A expectativa de que os empréstimos continuem sendo procurados tem relação com o aumento da massa salarial (empregos gerados e salários pagos), o que também favorece a diminuição da inadimplência. O percentual de aumento da massa salarial, que ficou em 6,7% em março, manteve-se nesse mesmo patamar em maio e, em junho, ficou em 6,3%. “A massa salarial maior favorece o cumprimento de obrigações”, observou Maciel.
O BC também observou uma tendência de alongamento do pagamento da dívida, o que colabora para a diminuição da inadimplência. O prazo médio de pagamento da dívida, que era 383 dias em dezembro de 2009, fechou em 482 dias no mês passado, para pessoas físicas e pessoas jurídicas. É o caso, por exemplo, de quem tem dívida com cheque especial ou cartão de crédito e quita com um empréstimo mais alongado sob consignação em folha de pagamento ou pelo crédito direto ao consumidor (CDC).
Além dos dados semestrais, o BC apresentou hoje os indicadores de julho, que confirmam o aumento do custo de empréstimo. Segundo o chefe do Depec, os empréstimos pelo sistema financeiro ficaram 0,8% mais caros, nos primeiros nove dias úteis de julho (até o dia 13); a taxa de juros aplicada chegou a 40,2% (variação de 0,7 ponto percentual) e o spread bancário teve aumento de 0,6%.