Brumadinho (MG): rastro de lama após rompimento de barragem da Vale (Adriano Machado/Reuters)
Estadão Conteúdo
Publicado em 19 de fevereiro de 2019 às 19h51.
Rio de Janeiro - A Vale informou nesta terça-feira, que estão em andamento as iniciativas para conter os rejeitos da barragem I da Mina de Córrego do Feijão, que rompeu dia 25 de janeiro. As ações foram acordadas com a secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (SEMAD), em 8 de fevereiro. Parte delas também consta das exigências apresentadas pela Procuradoria Geral do Estado e pelo Ministério Público de Minas Gerais no Termo de Compromisso Preliminar que está em negociação com a companhia.
Em nota, a Vale afirma que está realizando a limpeza do trecho 1, que vai da barragem até o Rio Paraopeba, onde será implantado um dique para retenção dos rejeitos mais grossos e pesados. Nesse trecho, também estão sendo retirados os rejeitos que bloquearam um trecho da Avenida Alberto Flores, que liga as localidades de Córrego do Feijão e Parque da Cachoeira, as duas mais atingidas.
Nessa área, será construída uma ponte metálica para garantir que os moradores tenham acesso mais rápido ao centro de Brumadinho e à Belo Horizonte. Com o rompimento da barragem, a viagem, que leva cerca de 20 minutos, passou a ser feita em cerca de 50 minutos, e a mineradora foi obrigada a colocar uma linha ônibus passando por dentro de sua unidade para reduzir o transtorno dos moradores.
A empresa também informou que está analisando medidas para melhorar a qualidade da água que deságua no rio Paraopebas vinda do córrego Ferro Carvão, o mais atingido pela lama. Entre essas medidas estaria a instalação de uma Estação de Tratamento de Água (ETA).
De acordo com a companhia, o monitoramento da água do Paraopebas indica que cinco barreiras (membranas) antiturbidez instaladas alcançam uma redução de 10% a 15% da turbidez da água do rio, afetado pela lama da barragem.