Luiz Inácio Lula da Silva: ex-presidente foi acusado de ter recebido propina, por meio de um suposto intermediário (Fabio Vieira/Getty Images)
Reuters
Publicado em 1 de setembro de 2020 às 21h04.
Última atualização em 1 de setembro de 2020 às 21h49.
O Tribunal Regional Federal da Primeira Região (TRF-1), com sede em Brasília, decidiu nesta terça-feira trancar uma ação penal em que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi acusado de ter recebido propina, por meio de um suposto intermediário, para influenciar contratos firmados entre o BNDES e a construtora Odebrecht em Angola.
O Ministério Público Federal acusou Lula de ter recebido vantagem indevida, por meio de um sobrinho, em troca da influência em favor da empreiteira.
Os desembargadores da 4ª Turma do TRF-1, contudo, entenderam que não havia elementos para o prosseguimento da ação penal.
Em nota, a defesa de Lula elogiou a ordem do tribunal dizendo que é mais uma "justa e importante decisão". Informou ainda que é a quinta ação proposta contra o ex-presidente rejeitada até o momento.
"Sempre que foi julgado por um órgão imparcial e independente — fora da Lava-Jato de Curitiba — Lula foi absolvido ou a acusação foi sumariamente rejeitada, na linha da defesa que apresentamos em favor do ex-presidente", disse o advogado Cristiano Zanin Martins.
A defesa de Lula disse que espera que o Supremo Tribunal Federal (STF) acolha os dois habeas corpus que tramitam perante a corte e que pedem a anulação de processos abertos contra Lula pela Lava-Jato em Curitiba em virtude da suspeição do ex-juiz Sergio Moro e dos procuradores da República liderados por Deltan Dallagnol.
Dallagnol anunciou nesta terça sua saída da coordenação da força-tarefa de Curitiba.