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Tarifa de energia tem aumento com volta da bandeira vermelha; entenda

Com níveis baixos nos reservatórios, Aneel aciona bandeira vermelha nível 2 e encarece a conta de luz em R$ 7,877 a cada 100 kWh

Brasil estava sob bandeira verde desde abril de 2022 e, não ficava em bandeira vermelha, desde 2021. (Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

Brasil estava sob bandeira verde desde abril de 2022 e, não ficava em bandeira vermelha, desde 2021. (Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

Fernando Olivieri
Fernando Olivieri

Redator na Exame

Publicado em 2 de setembro de 2024 às 06h08.

Última atualização em 2 de setembro de 2024 às 06h25.

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou neste domingo, 1º, o retorno da bandeira vermelha nível 2, o que implica em um aumento imediato na tarifa de energia elétrica para os brasileiros. A medida, que não era acionada desde 2021, é uma resposta à queda significativa nos níveis dos reservatórios das hidrelétricas do país, causados pela seca prolongada.

O sistema de bandeiras tarifárias foi implementado pela Aneel em 2015 como uma forma de ajustar o custo da energia de acordo com as condições de geração. As bandeiras verde, amarela e vermelha representam, respectivamente, condições favoráveis, intermediárias e desfavoráveis para a geração de energia. A bandeira vermelha nível 2, a mais alta, adiciona um custo de R$ 7,877 a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos, impactando diretamente o valor final da conta de luz.

Bandeira verde por 2 anos

Desde abril de 2022, o Brasil estava sob a bandeira verde, o que significava que as condições de geração de energia estavam favoráveis e não havia cobrança adicional. No entanto, em julho de 2024, a bandeira amarela foi temporariamente acionada, devido a um aumento nos custos de geração. Agora, com a piora das condições climáticas, a Aneel decidiu por retomar a bandeira vermelha nível 2, em virtude da previsão de chuvas abaixo da média para setembro e uma expectativa de que os níveis dos reservatórios caiam para 50% abaixo do esperado.

A seca, combinada com temperaturas acima da média, tem forçado o país a recorrer às termelétricas, que são mais caras e menos eficientes que as hidrelétricas. Esse cenário resulta em um aumento significativo nos custos de geração de energia, que são repassados aos consumidores finais.

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