Brasil

Super terça da vacinação tem novos lotes de milhões de doses para o Brasil

Doses prontas da vacina da AstraZeneca chegam ao Rio de Janeiro e o Butantan libera vacinas para o Ministério da Saúde

Funcionários manuseiam frascos com doses da vacina contra Covid-19 Coronavac no Instituto Butantan, em São Paulo. (Amanda Perobelli/Reuters)

Funcionários manuseiam frascos com doses da vacina contra Covid-19 Coronavac no Instituto Butantan, em São Paulo. (Amanda Perobelli/Reuters)

GG

Gilson Garrett Jr

Publicado em 23 de fevereiro de 2021 às 06h00.

Última atualização em 23 de fevereiro de 2021 às 12h31.

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Após muitas semanas sem ter novas remessas de vacinas contra a covid-19, o Ministério da Saúde recebe nesta terça-feira, 23, dois lotes com milhões de doses: um da Fiocruz/AstraZeneca e outro do Instituto Butantan/Sinovac.

A maior quantidade chega ao Rio de Janeiro direto para o Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos/Fiocruz). São dois milhões de doses prontas da vacina desenvolvida pela AstraZeneca. O lote vem do parceiro indiano Instituto Serum, o mesmo que enviou um lote ao Brasil há um mês.

Além de contar com produção local, a Fiocruz vai receber um total de 12 milhões de doses de vacina já prontas. Com este carregamento, serão 4 milhões entregues. Não há previsão de quando chegarão as outras 8 milhões de doses. No dia 27 de fevereiro está prevista a chegada de um lote do chamado Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA), capaz de produzir cerca de 12 milhões de vacinas.

Também nesta terça-feira, o Instituto Butantan começa a entrega de 3,4 milhões de doses. Este lote foi envasado no Brasil, com a matéria-prima vinda da China.

“Nós começamos a entrega da produção, com 420 mil doses por dia, em média. Nos próximos 8 dias vamos entregar 3,4 milhões de doses. Nesta terça teremos números mais atualizados e espero que possa ser positivamente afetado por novos processos de funcionamento da fábrica”, disse o diretor do Butantan, Dimas Covas, em entrevista coletiva na segunda-feira.

O Brasil ainda depende de mais vacinas para continuar a imunização do primeiro grupo mais vulnerável. Até o momento, já foram vacinadas quase 6 milhões de pessoas, segundo dados do consórcio que reúne veículos de imprensa.

Em reunião com os 27 governadores na semana passada, o ministro da Saúde, o general Eduardo Pazuello, disse que, até o dia 19 de fevereiro, assinaria o contrato para a compra das vacinas russa Sputnik V e da indiana Covaxin. A assinatura não ocorreu.

Na expectativa de Pazuello, as primeiras doses deveriam chegar a partir de março (veja o cronograma). No encontro, o ministro voltou a prometer também que vai imunizar todos os brasileiros ainda em 2021.

Pazuello detalhou que o total de imunizantes que o governo receberia entre fevereiro e julho é de pouco mais de 230 milhões de doses. De acordo com o ministro, no pacote estão vacinas do Butantan/Sinovac (77 milhões), AstraZeneca/Fiocruz (112 milhões), Covax Facility (10,6 milhões), Instituto Gamaleya (10 milhões), e Bharat Biotech (20 milhões).

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