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SP pagará R$ 1 mil por ano para manter alunos do ensino médio na escola

Batizado de "Bolsa do Povo Educação" e voltado para alunos e alunas mais vulneráveis do ensino médio da rede estadual de educação

 (Studio Formatura/Galois/Agência Brasil)

(Studio Formatura/Galois/Agência Brasil)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 19 de agosto de 2021 às 14h12.

Última atualização em 19 de agosto de 2021 às 15h04.

O governador João Doria anunciou, nesta quinta-feira, 19, o lançamento de um programa que prevê o pagamento de benefício de 1.000 reais a estudantes, por ano letivo, e que tem como objetivo principal o combate à evasão escolar. Batizado de "Bolsa do Povo Educação" e voltado para alunos e alunas mais vulneráveis do ensino médio da rede estadual de Educação, a ação faz parte do Bolsa do Povo, criado pelo governo paulista para auxiliar famílias a superar desafios educacionais e financeiros provocados pela covid-19.

No total, o estado vai investir 400 milhões de reais, com aportes de 100 milhões de reais em 2021 e 300 milhões de reais em 2022. Por meio do novo benefício, o governo pretende manter os jovens do ensino médio na escola e estimular nas atividades escolares.

De acordo com o governo, os pagamentos serão feitos proporcionalmente ao ano letivo e estão condicionados à frequência escolar mínima de 80%, à dedicação de 2 horas a 3 horas de estudos pelo aplicativo Centro de Mídias SP (CMSP) e à participação nas avaliações de aprendizagem. Os estudantes da 3ª série do ensino médio devem ainda realizar atividades preparatórias para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).

As inscrições para o programa poderão ser realizadas entre 30 de agosto e 10 de setembro. Poderão se inscrever todos os alunos regularmente matriculados no ensino médio e no 9º ano do ensino fundamental da rede estadual de ensino e inscritos no Cadastro Único – CadÚnico. Dados da Secretaria de Educação indicam que há 3,5 milhões de estudantes matriculados na rede estadual de ensino, com cerca de 770.000 em situação de pobreza ou extrema pobreza. Destes, 1.200 estão no ensino médio, sendo 267.000 em vulnerabilidade.

Na avaliação do secretário estadual da Educação, Rossieli Soares, se não houver investimentos e políticas no enfrentamento contra a pandemia, "será uma conta que teremos de pagar pelo menos nos próximos 30 anos. Perder essa geração será uma catástrofe", destaca.

Doria ressaltou que a evasão escolar é um "deserto" para o futuro do Brasil. "Pessoas sem ensino não reagem, se tornam dependentes. E é isso o que nós não queremos. Queremos crianças e jovens que tenham, pelo ensino, a oportunidade de viver melhor", disse o governador paulista.

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