Marcos do Val é alvo de mandados da PF após suspeitas de trama contra ministro do STF e postagens antidemocráticas (Senado Federal/Divulgação)
Agência de notícias
Publicado em 15 de junho de 2023 às 16h55.
Última atualização em 15 de junho de 2023 às 17h45.
A Polícia Federal cumpre mandados de busca e apreensão em endereços do senador Marcos do Val (Podemos-ES) pela trama supostamente armada pelo parlamentar contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, e ainda por postagens antidemocráticas. As medidas cautelares foram deferidas, pelo próprio ministro, em razão de uma tentativa de obstrução do inquérito que investiga os atos de 8 de janeiro.
A Polícia Federal cumpre, na tarde desta quinta-feira, 15, três mandados de busca e apreensão, expedidos pelo Supremo Tribunal Federal, em endereços ligados a senador da República. Os mandados judiciais estão sendo cumpridos em Brasília e Vitória.
No início de fevereiro, Moraes havia determinado a abertura de uma investigação sobre o relato de Do Val a respeito de uma suposta articulação de um golpe, com a participação do ex-presidente Jair Bolsonaro e do ex-deputado Daniel Silveira (PTB-RJ).
Moraes afirmou que, no primeiro depoimento do parlamentar à PF, prestado no fim de janeiro, ele apresentou "uma quarta versão dos fatos por ele divulgados", ressaltando que todas foram "antagônicas", e que por isso seria preciso investigar os crimes de falso testemunho, denunciação caluniosa e coação no curso do processo.
"Ouvido sobre os fatos, o Senador Marcos do Val apresentou, à Polícia Federal, uma quarta versão dos fatos por ele divulgados, todas entre si antagônicas, de modo que se verifica a pertinência e necessidade de diligências para o seu completo esclarecimento", escreveu Moraes, na época.
O ministro ainda determinou que a revista Veja e as emissoras CNN e GloboNews enviassem a íntegra de entrevistas concedidas por Do Val. A Meta, empresa controladora do Facebook, também deveria enviar uma transmissão realizada pelo senador na qual falou pela primeira vez sobre a suposta articulação.
O relato de Do Val vinha sendo investigado em um inquérito que apura a responsabilidade de autoridades do Distrito Federal — como o governador afastado Ibaneis Rocha e o ex-secretário Anderson Torres — nos atos terroristas do dia 8 de janeiro. Na ocasião, Moraes determinou a criação de uma petição, nome dado para um tipo procedimentos que tramitam no STF, que corre em sigilo.
Do Val denunciou que teria participado de uma reunião golpista com Bolsonaro e o ex-deputado Daniel Silveira para tentar gravar de maneira escondida Moraes — e forçá-lo a falar algo que poderia ser usado como uma espécie de admissão de alguma irregularidade no processo eleitoral e, com isso, evitar a posse de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). De acordo com o senador, ele poderia usar equipamentos do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) para gravar conversas com o ministro.
Também em fevereiro, em uma nova entrevista sobre a trama golpista, Do Val afirmou que vai pedir à Procuradoria-Geral da República (PGR) o afastamento de Moraes da relatoria dos inquéritos que apuram atos golpistas. O motivo, segundo ele, é o fato de o magistrado ter sido citado no depoimento em que ele prestou relatando a reunião em que lhe foi apresentado um plano para gravar o magistrado.
O senador Marcos do Val (Podemos-ES) teve o aparelho celular apreendido e as contas de todas as redes sociais bloqueadas, na tarde desta quinta-feira. O parlamentar é alvo de mandados de busca e apreensão cumpridos pela Polícia Federal e esss medidas, foram deferidas pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal.
Moraes afirmou que, no primeiro depoimento do parlamentar à PF, prestado no fim de janeiro, ele apresentou "uma quarta versão dos fatos por ele divulgados", ressaltando que todas foram "antagônicas", e que por isso é preciso investigar os crimes de falso testemunho, denunciação caluniosa e coação no curso do processo.
O ministro ainda determinou que a revista Veja e as emissoras CNN e GloboNews enviassem a íntegra de entrevistas concedidas por Do Val. A Meta, empresa controladora do Facebook, também deveria enviar uma transmissão realizada pelo senador na qual falou pela primeira vez sobre a suposta articulação.
O relato de Do Val vinha sendo investigado em um inquérito que apura a responsabilidade de autoridades do Distrito Federal — como o governador afastado Ibaneis Rocha e o ex-secretário Anderson Torres — nos atos terroristas do dia 8 de janeiro. Na ocasião, Moraes determinou a criação de uma petição, nome dado para um tipo procedimentos que tramitam no STF, que corre em sigilo.
Do Val denunciou que teria participado de uma reunião golpista com Bolsonaro e o ex-deputado Daniel Silveira para tentar gravar de maneira escondida Moraes — e forçá-lo a falar algo que poderia ser usado como uma espécie de admissão de alguma irregularidade no processo eleitoral e, com isso, evitar a posse de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). De acordo com o senador, ele poderia usar equipamentos do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) para gravar conversas com o ministro