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Secretário de Defesa dos EUA, o “Cachorro Louco”, está no Brasil

James Mattis vai discutir cooperação militar e compra de aviões da Embraer

Mattis vai ao Rio de Janeiro na quarta-feira. E também visitará a Argentina, o Chile e a Colômbia (Carlos Barria/Reuters)
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EXAME Hoje

Publicado em 13 de agosto de 2018 às 06h36.

Última atualização em 13 de agosto de 2018 às 07h13.

O Secretário de Defesa dos Estados Unidos, James Mattis, conhecido como “Cachorro Louco” desembarca nesta segunda-feira no Brasil para discutir um plano de cooperação de segurança e acordos comerciais e estratégicos na região. Em reunião marcada com o ministro Segurança Pública, Raul Jungmann, da Defesa, Joaquim Silva e Luna e com o ministro das Relações Exteriores, Aloysio Nunes, Mattis tem como principal objetivo trocar conhecimento militar e técnico, como forma de manter os acordos militares já existentes entre os países.

O movimento parece fazer parte de um plano de ações no setor de segurança do governo dos Estados Unidos. Na semana passada, por exemplo, o vice-presidente Mike Pence anunciou a criação de uma Força Espacial até 2020, que vai contar com militares treinados para atuar em missões fora do planeta Terra. Em seu Twitter, o presidente americano Donald Trump já tinha afirmado que a Força Espacial seria uma maneira de garantir a segurança do país.

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Além da cooperação militar, Mattis representará o país na discussão sobre acordos comerciais. Atualmente, o governo americano negocia a compra de 150 aeronaves Supertucano da Embraer, numa compra que pode chegar a 400 milhões de dólares. O Brasil é um dos finalistas no processo de compra. Em 2013, os Estados Unidos já haviam comprado 20 aviões brasileiros para serem usados no Afeganistão.

Mattis vai ao Rio de Janeiro na quarta-feira. Também visitará a Argentina, o Chile e a Colômbia. Esta é a primeira vez que o líder do Pentágono – sede do Departamento de Defesa americano – visita a região, que tem se tornado importante aliada dos Estados Unidos, que consequentemente vê a posse de novos presidentes mais conservadores (Mauricio Macri na Argentina, Sebástian Pinera no Chile e Iván Duque na Colômbia) como uma boa oportunidade de aumentar os acordos de cooperação. A Colômbia se tornou um “sócio global” da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte), em maio deste ano.

Tanto na Colômbia quanto no Brasil um dos temas em discussão deve ser a Venezuela e a tresloucada gestão de seu presidente, Nicolás Maduro. Maduro acusou a Colômbia de tentar matá-lo. A ver se o Cachorro Louco traz um pouco de temperança para os debates na região.

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