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Saúde nega desabastecimento generalizado de vacinas no Brasil

Pasta diz que houve falta de doses momentânea entre os dias 16 e 22

Ministério da Saúde nega falta generalizada de vacinas e anuncia novas compras e distribuição (d3sign/Getty Images)

Ministério da Saúde nega falta generalizada de vacinas e anuncia novas compras e distribuição (d3sign/Getty Images)

Agência Brasil
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Publicado em 23 de outubro de 2024 às 17h42.

Última atualização em 23 de outubro de 2024 às 17h54.

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O Ministério da Saúde negou nesta quarta-feira, 23, que o país passa por falta generalizada de vacinas. Em nota, a pasta cita que houve “desabastecimento momentâneo” de imunizantes contra a covid-19 no período de 16 de outubro, data de vencimento das doses em questão, e 22 de outubro.

Distribuição e previsões de entrega

O ministério destacou que 1,2 milhão de vacinas começaram a ser distribuídas na terça-feira, 22. São Paulo, Paraíba, Rio Grande do Norte e Pernambuco vão receber imunizantes a partir desta quarta-feira. A previsão é que até a próxima sexta-feira, 25, todos os estados tenham recebido suas doses.

“Além disso, já está em execução uma nova compra de 69 milhões de doses que garantirá o abastecimento de vacinas pelos próximos dois anos”, informou a nota. “Isso proporcionou também uma redução de aproximadamente 28% no preço da dose unitária, sendo um dos menores preços do mundo”, completou a pasta, ao citar que os Estados Unidos pagam até US$ 30 por dose, enquanto o Brasil paga atualmente US$ 7 por dose.

Desafios no abastecimento de vacinas

De acordo com o ministério, em 2023 houve desabastecimento generalizado de vacinas no Brasil, incluindo doses pediátricas contra a covid-19, a BCG (contra a tuberculose), a dose contra a hepatite B, a poliomielite oral e a tríplice viral (sarampo, rubéola e caxumba).

“Além de problemas na gestão anterior, algumas dessas vacinas encontram-se em falta no mercado mundial e outras apresentam desafios de produção nacional”, destaca a nota. “Para garantir a vacinação de nossas crianças, algumas vacinas, como a meningo-C e a DTP (difteria, tétano e coqueluche), puderam ser substituídas por outras vacinas, como a pentavalente e a meningo ACWY, respectivamente.”

Medidas emergenciais e futuras aquisições

“Em relação à vacina contra a varicela [popularmente conhecida como catapora], foi feita aquisição emergencial de 2,7 milhões de doses e a previsão é que as primeiras remessas cheguem em novembro. Paralelamente, está em curso processo de compra regular. No caso das vacinas contra a febre amarela, 6,5 milhões de doses devem chegar em novembro”, conclui a pasta.

Contexto do desabastecimento

Em setembro, uma pesquisa da Confederação Nacional de Municípios (CNM) revelou que mais de 1,5 mil municípios brasileiros relatam falta de vacinas, sobretudo doses pediátricas. Entre os principais insumos sem estoque estão imunizantes contra a varicela e a covid-19, além da vacina meningocócica C.

O levantamento, realizado entre os dias 2 e 11 de setembro, contou com a participação de 2.415 municípios. Desses, 1.563 municípios (64,7% dos pesquisados e cerca de 28% do total no Brasil) enfrentavam falta de imunizantes há pelo menos 30 dias.

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