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Saúde autoriza uso no SUS do 1º remédio para casos leves de covid-19

Ministério tem 180 dias para fornecer o medicamento na rede pública

Paxlovid: O medicamento não deverá ser usado em todos os pacientes (EUROPA PRESS/C.Lujan.POOL/Getty Images)

Paxlovid: O medicamento não deverá ser usado em todos os pacientes (EUROPA PRESS/C.Lujan.POOL/Getty Images)

AO

Agência O Globo

Publicado em 9 de maio de 2022 às 08h13.

Última atualização em 9 de maio de 2022 às 08h48.

O Ministério da Saúde aprovou o uso no Sistema Único de Saúde (SUS) do primeiro remédio para casos leves de covid-19. É o Paxlovid, fabricado pela Pfizer e composto pelos medicamentos antivirais nirmatrelvir e ritonavir. A pasta tem 180 dias para fornecer o remédio na rede pública.

O medicamento não deverá ser usado em todos os pacientes. Ele vai ser indicado para quadros leves e moderados, que não estejam hospitalizados nem precisem de oxigênio suplementar, mas com alto risco de complicações, caso de pessoas acima de 65 anos ou com sistema imunológico comprometido.

Para poder usá-lo, será preciso ter um teste positivo para covid-19. O tratamento deve começar em até cinco dias após o início dos sintomas. Os antivirais que compõem o tratamento serão ingeridos via oral. Para receber o medicamento, a pessoa pode estar vacinada ou não contra a doença.

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Segundo o Ministério da Saúde, o nirmatrelvir é uma molécula que inibe uma enzima importante do coronavírus, impedindo que ele se prolifere. Já o ritonavir inibe outra enzima que ataca o nirmatrelvir. Pela decisão tomada pela pasta, também será feita uma reavaliação em até 12 meses sobre o uso do remédio.

Na última quinta-feira, a Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec) recomendou a incorporação do remédio no SUS. Na sexta-feira, a medida foi aprovada pela Secretaria de Ciência, Tecnologia, Inovação e Insumos Estratégicos em Saúde do Ministério da Saúde.

Em março, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) a aprovou o uso emergencial do Paxlovid, por um período não superior a cinco dias, e mediante apresentação de receita médica. Também recomendou evitar seu uso durante a gravidez, e em pacientes com insuficiência renal grave ou com falha renal. Antes da Anvisa, o remédio já tinha sido autorizado pelas agências dos Estados Unidos, da União Europeia, do Canadá, da China, da Austrália, do Japão, do Reino Unido e do México.

Em abril, o Ministério da Saúde tinha incorporado o remédio baricitinibe para casos graves.

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