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Qual é a fortuna de Fernando Collor, condenado pelo STF por corrupção e lavagem de dinheiro?

Fortuna declarada nas eleições de 2022 é menor do que em 2018, enquanto bens de luxo desapareceram das declarações

O valor é menor do que o declarado na eleição de 2018 (Fernando Collor/Facebook/Reprodução)
Agência o Globo

Agência de notícias

Publicado em 18 de maio de 2023 às 19h01.

Última atualização em 18 de maio de 2023 às 19h09.

O ex-senador e ex-presidente do Brasil Fernando Collor (PTB-AL) foi condenado em uma ação penal daOperação Lava-Jato,em julgamento nesta quinta-feira, no Supremo Tribunal Federal.

Acusado pelos crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e organização criminosa, Collor declarou nas eleições de 2022, quando disputou o cargo de governador de Alagoas,uma fortuna de R$ 6.208.817,09.

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Ex-presidente, ex-senador e milionário

O valor é menor do que o declarado na eleição de 2018,quando o ex-presidente disse ter R$ 20.683.101,57. Entre os bens declarados no ano passado, estão duas lanchas de R$ 38 mil e R$ 8 mil. Collor também disse ao Tribunal Superior Eleitoral ser dono de uma mansão de R$ 4 milhões.

Participações em empresas, lojas e ações de companhias também fazem parte da lista mais recente de bens declarados pelo ex-presidente.

Entre 2022 e 2018, há diferença no preço e no número de veículos declarados. De 11, avaliados em pouco mais de R$ 3 milhões, restou apenas um de R$ 180 mil. Na última disputa, Collor também havia informado ter dois apartamentos que custavam R$ 2 milhões, mas em 2022 passou a ter apenas um de R$ 40.698,29.

Em 2018, Collortinha declarado veículos de luxo como carros modelo BMW, Mercedes, Cadillac, Range Rover, que não apareceram nos dados do pleito seguinte. Constava também na declaração daquele ano joias que, segundo o documento, foram adquiridas como pagamento por uma Ferrari, como anéis, pentes, pulseiras, broches e brincos de ouro.

Condenação de Collor

A condenação trata de supostas irregularidades na BR Distribuidora, antiga subsidiária da Petrobras. Fachin considerou que há um conjunto "sólido" de provas de que Collor recebeu propina de R$ 20 milhões como contrapartida por facilitação de contratos. A defesa nega as acusações.

O caso da BR Distribuidora já rendeu a Collor a apreensão de outros carros de luxo, que não constam nas declarações de bens mais recentes. Em 2015, o ex-presidente teve apreendidos, em sua casa em Brasília, uma Ferrari, um Bentley, um Land Rover, uma Lamborghini e um Porshe Panamera.

Acompanhe tudo sobre:Fernando Collor de MelloSupremo Tribunal Federal (STF)Edson Fachin

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