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PT e PSB se encontram para tentar resolver impasses para formar federação

Partidos voltam a se reunir hoje e veem otimismo com prorrogação de prazo

Federação partidária: O PT propôs ficar com 27 das 50 cadeiras, enquanto o PSB teria 15 e o PC do B e o PV, quatro cada um (DIDA SAMPAIO/Estadão Conteúdo)

Federação partidária: O PT propôs ficar com 27 das 50 cadeiras, enquanto o PSB teria 15 e o PC do B e o PV, quatro cada um (DIDA SAMPAIO/Estadão Conteúdo)

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Agência O Globo

Publicado em 10 de fevereiro de 2022 às 12h26.

Última atualização em 10 de fevereiro de 2022 às 12h45.

Em busca de resolver impasses em torno da formação de uma federação partidária, PT, PSB, PV e PCdoB voltam a se reunir hoje, em Brasília. As negociações sobre a formação da federação esbarram, principalmente, em dois pontos: o primeiro é a divergência sobre quem será o cabeça da chapa na disputa pelo governo de São Paulo e o segundo a distribuição dos postos de comando do agrupamento.

O PT propôs ficar com 27 das 50 cadeiras, enquanto o PSB teria 15 e o PC do B e o PV, quatro cada um. Os números são proporcionais às bancadas na Câmara. Entre os petistas, não há intenção de alterar a proposta de distribuição das cadeiras na reunião de hoje.

Por outro lado, a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de prorrogar o prazo para a união das siglas para 31 de maio deixou mais otimistas dirigentes das siglas.

— Espero que a reunião amadureça as pontos de convergência — afirmou o deputado Paulo Teixeira (SP), secretário-geral do PT.

O PSB vive uma divisão interna sobre a aprovação da federação. A maioria dos deputados federais é a favor, assim como dois dos três governadores da legenda (Paulo Câmara e Flávio Dino). Já o ex-governador de São Paulo Márcio França, o prefeito de Recife, João Campos, e o governador do Espírito Santo, Renato Casagrande, são contra.

— Espero que avance (a proposta). Não sou nem otimista nem pessimista (em relação à reunião). Vou em cima dos fatos. Se não melhorar, vou levar do jeito que foi aprovado para o diretório nacional decidir— afirma Carlos Siqueira, presidente nacional do PSB.

O encontro acontece após uma semana em que petistas e socialistas trocaram acusações. Em entrevista ao jornal “Folha de S. Paulo”, Siqueira disse que a federação teria dificuldade de ser aprovada no seu partido e cobrou reciprocidade dos petistas. Em reposta, o deputado José Guimarães (CE), um dos vice-presidentes do PT, afirmou que a legenda recebeu a fala de Siqueira com indignação e que “não aceita pito de outros partidos”. Siqueira minimiza as diferenças:

— Não passei pito em ninguém. Aquilo é um exagero dele (Guimarães), mas gosto muito dele, relevo inteiramente — afirmou.

À GloboNews, a presidente do PT, Gleisi Hoffmann disse que a federação é uma “oportunidade”, mas que o PT não vai “se apequenar para tentar agradar”.

Se aprovada a federação, o agrupamento só poderá ter um candidato por estado. Em São Paulo, o PSB quer lançar o ex-governador Márcio França e o PT, o ex-prefeito Fernando Haddad. A proposta de França de contratar uma pesquisa em maio só com os dois nomes para decidir quem irá às urnas é rechaçada por petistas. Ontem, em entrevista a uma rádio pernambucana, Lula defendeu que Haddad deve ser candidato:

— Acho que haverá compreensão do PSB e de outros partidos políticos — disse.

Horas depois, França foi ao Twitter reafirmar sua candidatura e escreveu que “foguete não tem ré”.

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