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PT e PSB precisam debelar rebelião interna por aliança

Em uma articulação comandada por Lula, o PSB prometeu neutralidade na eleição nacional de outubro, esvaziando a candidatura de Ciro Gomes (PDT)

Apoiadora de Lula no Rio de Janeiro: aliança com PSB tem questões pendentes em Minas e Pernambuco (Pilar Olivares/Reuters)
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EXAME Hoje

Publicado em 3 de agosto de 2018 às 06h39.

Última atualização em 3 de agosto de 2018 às 06h54.

A pré-campanha entra na reta final. No sábado e domingo, acontecem as últimas convenções partidárias que apresentam candidaturas para as eleições deste ano. Os partidos têm até dia 15 para registrar as candidaturas, o que faz com que as chapas, enfim, ganhem forma.

O PSDB apresenta Geraldo Alckmin ao cargo no sábado, com a senadora Ana Amélia, do PP, no cargo de candidata a vice. No mesmo dia, o PT apresentará a candidatura virtualmente inviável de Luiz Inácio Lula da Silva. Sem grandes novidades na primeira delas, as atenções estarão na segunda.

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Não bastasse a incapacidade de criar uma frente ampla, partidos de esquerda estão agora em pé de uma guerra que adentrará o fim de semana. Em uma articulação comandada por Lula, o PSB prometeu neutralidade na eleição nacional de outubro, esvaziando a candidatura de Ciro Gomes (PDT). Ciro contava com PSB para ter minutos extras para botar seu nome na praça e buscar pontos percentuais nas intenções de voto que o colocassem no segundo turno.

Com o acordo, Lula coloca seu substituto nas urnas em vantagem nas preferências de partidos de esquerda pela transferência de votos e capilaridade da campanha – o PT tem mais minutos de TV e recursos do fundo eleitoral que o PDT. O que a cúpula petista não contava era com uma revolta interna. O partido prometeu bloquear a candidatura de Marília Arraes (PT) ao governo de Pernambuco para favorecer Paulo Câmara (PSB), que busca a reeleição. Quem também pagou o pato foi o ex-prefeito de Belo Horizonte Marcio Lacerda (PSB), que teve a sua candidatura também impedida em Minas, em favor do governador Fernando Pimentel (PT).

Lacerda e Arraes se rebelaram e mantiveram as candidaturas, fazendo com que os presidentes dos partidos, Carlos Siqueira (PSB) e Glesi Hoffmann (PT), entrassem na briga. O estica e puxa continua nesta sexta-feira. Até agora, ninguém quer perder.

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