Brasil

Prisão de Temer é abuso autoridade e espetáculo midiático, diz Jereissati

Para senador tucano, está na hora de o Congresso discutir lei de abuso de autoridade

Tasso Jereissati: senador cobra "bom senso" das autoridades (Marcelo Camargo/Agência Brasil/Agência Brasil)

Tasso Jereissati: senador cobra "bom senso" das autoridades (Marcelo Camargo/Agência Brasil/Agência Brasil)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 21 de março de 2019 às 14h19.

Brasília — O senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) considerou a prisão do ex-presidente Michel Temer (MDB) na manhã desta quinta-feira, 21, "abuso autoridade". Na avaliação dele, o reflexo é uma desmoralização "cada vez maior" da classe política, que ele considera ser "fundamental para a democracia".

"As pessoas têm que ter bom senso neste país e não é espetáculo para as redes sociais que vai melhorar isso, só vai piorar. Não vejo nenhuma razão para prender um presidente da República que tem endereço conhecido, não está fugindo, não está fazendo nada e está à disposição das autoridades. É mais um espetáculo midiático para agradar este ou aquele setor", disse. Para ele, "está na hora" de o Congresso discutir lei de abuso de autoridade. "Está passando de todos os limites, a meu ver", afirmou.

A prisão de Temer tem como base a delação do doleiro Lucio Funaro. No ano passado, Funaro entregou à Procuradoria-Geral da República(PGR) informações complementares do seu acordo de colaboração premiada. Entre os documentos apresentados estão planilhas que, segundo o delator, revelam o caminho de parte dos R$ 10 milhões repassados pela Odebrecht ao MDB na campanha de 2014.

Acompanhe tudo sobre:EngevixMichel TemerOperação Lava JatoPSDB

Mais de Brasil

Presidente eleito do Uruguai e Lula conversam sobre acordo Mercosul e UE: 'Estamos otimistas'

Lira diz que medidas de corte de gastos contarão 'com boa vontade' da Câmara e que IR fica para 2025

Unicef pede para Austrália consultar jovens sobre lei que restringe acesso a redes sociais

Expectativa de vida do brasileiro sobe para 76,4 anos e supera índice anterior à pandemia, diz IBGE