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Porta dos Fundos: suspeito é investigado por participação em milícia

Eduardo Fauzi Richard Cerquise ficou conhecido em 2013 quando agrediu o então secretário de Ordem Pública Alex Costa

Especial de Natal 2019 do Porta dos Fundos: episódio relatou Jesus como gay (Netflix/Reprodução)

Especial de Natal 2019 do Porta dos Fundos: episódio relatou Jesus como gay (Netflix/Reprodução)

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Agência O Globo

Publicado em 1 de janeiro de 2020 às 09h58.

Rio de Janeiro — Identificado pela Polícia Civil do Rio como um dos suspeitos de atacar a produtora Porta dos Fundos, Eduardo Fauzi Richard Cerquise é presidente da Associação dos Guardadores de Carro São Miguel. Ele ficou conhecido em 2013 quando agrediu o então secretário de Ordem Pública Alex Costa.

Fauzi foi preso em flagrante na ocasião por ter dado um soco em Costa durante uma entrevista em novembro de 2013. No momento da agressão, a prefeitura fazia uma operação para fechar estacionamentos irregulares na região da Zona Portuária. Ainda no dia da agressão, Fauzi disse que faria tudo novamente e reclamou do modo de operação da prefeitura. Depois, recuou. Ele chegou a ser preso, mas respondeu ao processo em liberdade.

Em fevereiro, Fauzi foi condenado a quatro anos de prisão pela Justiça do Rio no processo. Ele respondeu por lesão corporal, ameaça e desacato, mas não foi punido por esses crimes, porque prescreveram. Ele também foi denunciado por exercício ilegal da profissão, mas foi absolvido por falta de provas. O juiz Guilherme Duarte, no entanto, condenou Fauzi por coação no curso do processo por causa de seu comportamento.

Na decisão, o juiz destacou que Fauzi, ao reencontrar o secretário após este ter registrado a ocorrência, disse: "Seu verme, você rasteja, você representa os interesses das grandes corporações, você não tem culhão, eu não te dou porrada por trás, eu dou na sua cara, na sua frente". Para o juiz, Eduardo Fauzi não demostrou qualquer arrependimento.

Segundo a Polícia Civil, Fauzi possui mais de 15 anotações criminais. Dessas, 12 como autor. Entre os registros, estão acusações de lesão corporal, ameaça, coação no curso do processo, agressão configurada na Lei Maria da Penha, desacato e exercício ilegal da profissão. Ele é filiado ao PSL desde 3 de outubro de 2001.

Milícia

Fauzi também é alvo de uma investigação que apura a atuação de uma milícia na cobrança de estacionamentos rotativos no Centro do Rio.

Segundo denúncias encaminhadas a Polícia Civil, Fauzi exercia ilegalmente a atividade econômica num estacionamento no Centro do Rio, que não teria alvará da prefeitura para funcionamento.

Neste domingo, o Plantão Judiciário autorizou a prisão de Eduardo pelo ataque a produtora de filmes, na madrugada do último dia 24. Fauzi não foi localizado e é considerado foragido.

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