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Petrobras corrige: Estudos confirmam que óleo não volta à costa do Brasil na Margem Equatorial

Cientistas já lançaram na Margem Equatorial mais de 428 equipamentos que medem o comportamento das correntes marítimas

Petrobras: empresa iniciou o projeto de Caracterização Ecológica de Sistemas Recifais da Bacia da Foz do Amazonas (Wilson Melo/Agência Petrobras)

Petrobras: empresa iniciou o projeto de Caracterização Ecológica de Sistemas Recifais da Bacia da Foz do Amazonas (Wilson Melo/Agência Petrobras)

Estadão Conteúdo
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Agência de notícias

Publicado em 30 de março de 2024 às 10h31.

Última atualização em 30 de março de 2024 às 14h14.

A Petrobras corrigiu uma informação errada divulgada pela estatal na última quinta-feira, 28. A informação tratava de estudos feitos na bacia da Foz do Amazonas, na Margem Equatorial brasileira, demonstrando que as correntes marítimas seguiram em sentido contrário à costa brasileira. Ao contrário do que foi publicado na ocasião, foi a comunidade científica que lançou os derivadores - equipamentos que medem o comportamento das correntes marítimas -, e não a Petrobras. Segue a nota corrigida

Estudos feitos pela comunidade científica na bacia da Foz do Amazonas, na Margem Equatorial brasileira, demonstraram que as correntes marítimas seguiram em sentido contrário à costa brasileira, confirmando os estudos e modelagens realizados pela Petrobras e já aprovados pelo Ibama no processo de licenciamento ambiental do bloco FZA-M59, informou a petroleira na última quinta-feira, 28. A licença ambiental para explorar a área, porém, ainda não foi concedida.

A companhia informou que cientistas já lançaram na Margem Equatorial mais de 428 derivadores (equipamentos que medem o comportamento das correntes marítimas), sendo 84 equipamentos na bacia da Foz do Amazonas. Recentemente, foi iniciado o projeto de Caracterização Ecológica de Sistemas Recifais da Bacia da Foz do Amazonas, que irá gerar novas informações.

"Estão sendo realizadas pesquisas por meio de expedições científicas a bordo do navio Vital de Oliveira, no âmbito de uma cooperação existente entre Petrobras, Marinha do Brasil, Ministério da Ciência Tecnologia e Inovação (MCTI) e Serviço Geológico do Brasil (SGB)", disse a Petrobras em nota.

Uma segunda expedição oceanográfica está programada para o segundo semestre deste ano, dando continuidade e aprofundando a investigação científica. Em junho de 2023, foi feito um cruzeiro oceanográfico no Amapá, com o objetivo de identificar a ocorrência de ambientes recifais, que abrangeu o mapeamento detalhado do leito marinho e a coleta de amostras para estudar a composição biológica e geológica do fundo.

"Os resultados preliminares estão sendo publicados em revista especializada para divulgação à comunidade científica", informou a Petrobras sem dar detalhes.

As expedições contam com a participação de 29 pesquisadores, provenientes de nove instituições, além do Serviço Geológico do Brasil (SGB) e Marinha do Brasil, e somam investimentos de R$ 350 milhões de 2021 até 2028.

A Petrobras reiterou que não pretende perfurar em região costeira ou próxima a áreas sensíveis. Na Margem Equatorial, os blocos encontram-se distantes da costa, em águas profundas e ultraprofundas. No caso do Bloco FZA-M59, a perfuração de poço exploratório deve ocorrer a uma distância de 160 quilômetros da costa e a mais de 500 quilômetros a noroeste da foz do rio Amazonas.

A estatal ressaltou que atua na região Amazônica sem desastres ambientais desde a década de 1950, quando iniciou as primeiras perfurações de poços nas bacias sedimentares terrestres do Amazonas e Solimões. Na década de 1970, foram feitas as primeiras perfurações em águas rasas na Bacia da Foz do Amazonas.

"Nessa localidade, foram mais de 70 poços perfurados pela Petrobras. Além disso, perfuramos poços e produzimos petróleo e gás no Polo Urucu, na Floresta Amazônica, desde 1988", informou a estatal. "Todas essas operações foram e são realizadas com total segurança e responsabilidade, de forma sustentável e sem danos ao meio ambiente", afirmou.

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