Lula e Bolsonaro: pesquisa BTG/FSB tem 45% das intenções de voto para Lula e 35% para Bolsonaro no 1º turno (Renato Pizzutto/Band/Divulgação)
Carolina Riveira
Publicado em 26 de setembro de 2022 às 09h31.
Última atualização em 27 de setembro de 2022 às 15h04.
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) oscilou um ponto para cima, dentro da margem de erro, e chegou a 45% das intenções de voto na última rodada da pesquisa BTG/FSB, divulgada nesta segunda-feira, 26. Na mesma sondagem, o presidente Jair Bolsonaro (PL) ficou estável, em 35%.
Com a mudança, Lula figura agora dez pontos à frente do presidente na contagem geral.
O petista chega também a 48% dos votos válidos (quando excluídos brancos e nulos), frente a 47% na sondagem da semana passada. Para vencer no primeiro turno, Lula precisa da maioria dos votos válidos (50% + um voto, ao menos).
Em relação à pesquisa anterior, a oscilação de Lula foi seguida por oscilação negativa de Simone Tebet (MDB) e do grupo de indecisos ou brancos/nulos, que perderam um ponto cada nas intenções de voto. Ciro Gomes (PDT) ficou estável.
Na pesquisa estimulada, quando os nomes dos candidatos são apresentados, no primeiro turno:
A pesquisa é do Instituto FSB, encomendada pelo banco BTG Pactual (do mesmo grupo de controle da EXAME). O Instituto FSB ouviu, por telefone, 2.000 pessoas entre os dias 23 e 25 de setembro.
A pesquisa está registrada no TSE sob o número BR-08123/2022. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos e nível de confiança é de 95%.
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A tendência é que a existência ou não de segundo turno seja decidida voto a voto, a uma semana da votação no domingo, 2 de outubro.
"Lula volta a crescer um pouco, mas tem hoje 48% dos votos válidos, contra 47% há uma semana. A não ser que haja um forte movimento de voto útil nessa reta final, o mais provável é que a eleição caminhe para um 2º turno", disse Marcelo Tokarski, sócio-diretor do Instituto FSB Pesquisa, em nota junto à pesquisa. "Tudo vai depender dos 14% que hoje votam em outros candidatos."
Por outro lado, o ex-presidente Lula vai melhor sobretudo entre o grupo que ganha até 2 salários mínimos, que tende a ser menos representado em pesquisas por telefone. Na pesquisa Ipec divulgada na semana passada, Lula figurava com 52% dos votos válidos e, no Datafolha, com 50%.
Há ainda discussões sobre abstenção que podem impactar o pleito - com a margem apertada para o primeiro turno, grupos que não votam podem fazer a diferença para a campanha de Lula ou Bolsonaro, como a EXAME mostrou.
Historicamente, no Brasil, eleitores com escolaridade até o ensino fundamental e de menor renda votam menos (o que prejudicaria Lula), assim como homens votam menos do que mulheres (o que prejudicaria Bolsonaro).
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Na pergunta espontânea, quando os próprios entrevistados tiveram de apontar um nome escolhido, Lula subiu dois pontos e Bolsonaro ficou estável em relação à semana passada.
Ciro Gomes subiu um ponto, indecisos caíram dois pontos e os que planejam não votar caíram um ponto.
Na pesquisa espontânea, os resultados foram:
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As intenções de voto ficaram mais estáveis no segundo turno. Lula ficou estável e Bolsonaro oscilou um ponto para cima. A vantagem de Lula é de 12 pontos percentuais.
Na pesquisa para o segundo turno, os resultados foram:
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