Brasil

Pernambuco e Amapá adotam quarentena mais restrita; SP estuda mais medidas

Enquanto Brasil vive maior colapso hospitalar da história, segundo a Fiocruz, estados tentam diminuir a circulação do coronavírus

Centro de São Paulo: somente os serviços essenciais podem funcionar até domingo, 18. (Cris Faga/NurPhoto/Getty Images)

Centro de São Paulo: somente os serviços essenciais podem funcionar até domingo, 18. (Cris Faga/NurPhoto/Getty Images)

GG

Gilson Garrett Jr

Publicado em 18 de março de 2021 às 06h00.

Esta reportagem faz parte da newsletter EXAME Desperta. Assine gratuitamente e receba todas as manhãs um resumo dos assuntos que serão notícia.

Enquanto os números de ocupação de leitos de UTI pioram em todo o Brasil, os estados restringem ainda mais a circulação da população. A partir desta quinta-feira, 18, começam a valer regras mais rígidas em Pernambuco e no Amapá, para tentar diminuir a pressão sobre o sistema de saúde, que passou de 90% na ocupação de vagas em terapia intensiva, segundo dados da Fiocruz.

O governo de Pernambuco decretou que todo o estado ficará de quarentena até dia 28 de março, com fechamento do comércio e funcionamento apenas de serviços essenciais. Os estabelecimentos de alimentação podem abrir somente para serviço de entrega de comida, inclusive em shoppings.

No Amapá já estava em vigor um toque de recolher a partir das 21h até 5h, além de Lei Seca (proibição do consumo de bebida alcoólica em locais públicos). As duas medidas continuam pelas próximas duas semanas. O governador Waldez Góes (PDT) determinou ainda que nesta quinta-feira começa um lockdown por sete dias em todo o estado. Todo o comércio precisa fechar. Restaurantes podem atender apenas com delivery.

O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), disse na quarta-feira, 17, que vai seguir a sugestão do Centro de Contingência da covid-19 do estado e aguardar mais alguns dias para definir sobre novas medidas. Horas antes desta fala, ele havia dito que anunciaria quais seriam as medidas adicionais ao que já está em vigor e que "certamente terão de ser adotadas".

Há a expectativa que Doria faça um novo anúncio na sexta-feira, 19, que é justamente o tempo que os membros do comitê de saúde pediram para verificar se houve alguma melhora nos índices da pandemia, como internações, número de casos e de mortes.

Desde a segunda-feira, 15, todo o estado entrou em uma quarentena chamada "emergencial", que tem validade até o dia 30 de março. Além de só permitir o funcionamento de serviços essenciais, como farmácias, supermercados e postos de gasolina, estão proibidos os cultos religiosos e jogos de futebol. Fica obrigatório ainda o teletrabalho para serviços administrativos (veja todas as restrições).

O estado de São Paulo vive o pior momento da pandemia. Na terça-feira, 16, foi registrado o maior número de mortes confirmadas em 24 horas, 679. A taxa de ocupação em leitos de UTI está em 90% em todo o estado e também na Grande São Paulo. A situação é ainda mais dramática no interior do estado. Doze cidades ao redor de São José do Rio Preto entraram em lockdown na quarta-feira porque a capacidade hospitalar atingiu 100%.

(Com Agência Brasil)

Acompanhe tudo sobre:AmapáCoronavírusEstado de São PauloExame HojeJoão Doria JúniorPandemiaPernambuco

Mais de Brasil

IBGE: cai número de adolescentes fora da escola, mas trabalho é maior motivo para não estudar

Número de jovens nem-nem cai para 10,3 milhões, o menor já registrado

Nove em cada dez brasileiros têm acesso à internet em casa, com avanço entre os mais pobres

Extrema pobreza e pobreza no Brasil atingem menor nível da história, diz IBGE