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Pernambuco antecipa início da vacinação contra H1N1

Assim como outros estados, os grupos eleitos como prioritários já podem procurar os postos de saúde para receber a imunização.


	H1N1: na semana passada, profissionais de saúde já começaram a receber a vacina distribuída pelo Estado e aplicada pelos municípios
 (Rovena Rosa / Agência Brasil)

H1N1: na semana passada, profissionais de saúde já começaram a receber a vacina distribuída pelo Estado e aplicada pelos municípios (Rovena Rosa / Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 25 de abril de 2016 às 14h40.

A população de Pernambuco começou a receber hoje (25) a vacinação contra o H1N1 pelo Sistema Único de Saúde (SUS), uma semana antes de 30 de abril, dia nacional programado pelo Ministério da Saúde (MS).

Assim como outros estados, a exemplo do Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro, os grupos eleitos como prioritários já podem procurar os postos de saúde para receber a imunização.

Na semana passada, profissionais de saúde já começaram a receber a vacina distribuída pelo Estado e aplicada pelos municípios.

Nessa segunda fase, são atendidas gestantes, mulheres que deram à luz em até 45 dias, idosos a partir de 60 anos, crianças entre 6 meses e 5 anos (até o dia em que se completa a idade), funcionários do sistema prisional e presidiários, jovens que cumprem medidas socioeducativas, indígenas e portadores de doenças crônicas não transmissíveis.

No Posto de Saúde Romildo Gomes, bairro de Imbiribeira, zona sul do Recife, a procura foi grande, sobretudo para idosos e crianças.

Tatiane Barreto Geahart, 31, já tomou a vacina no Consulado dos Estados Unidos, onde trabalha. Agora foi a vez da filha Cindy, de 5 anos.

“Já tem vários casos de H1N1 no estado. Por isso, decidi vaciná-la na campanha. Cheguei cedo e estava muito cheio. Então, resolvi voltar agora, às 11h. Esperei uma hora, mas foi tranquilo”, informou.

Cindy não precisou nem segurar na mão da mãe para receber a injeção no braço. Entrou e saiu do consultório sorrindo. A própria menina adiantou que não doia.

Se ela tivesse de falar para os amigos como é a experiência, tinha a frase na ponta da língua: “Fique confortável. Não chore e vai ser bom. E para ficar bom”, aconselhou.

A comerciária Sônia Maria do Nascimento Santana, 61, já estava acompanhando o calendário pela televisão. Como já tinha médico marcado, aproveitou para tomar a vacina.

Ela afirmou que ter disponível a imunização pelo SUS ajuda a poupar um pouco. Sônia Santana também disse que economiza preocupação com a vacina.

“Já bastam os mosquitos [Aedes aegypti] que estão deixando a gente assim. Ando com repelente e álcool em gel. Ainda trabalho com público. Então, tenho de me proteger”.

Ao todo, Pernambuco estimou em pouco mais de dois milhões de pessoas que se enquadram nesses grupos e, portanto, precisam ser vacinados.

A meta é alcançar 80% desse total. Já estão disponíveis cerca de um milhão de doses, que, além de prevenir contra o H1N1, também funciona para outros dois vírus, todos classificados como influenza, ou gripe: H3N2 e B.

De acordo com Paula Gurgel, enfermeira do posto, só existe uma contraindicação para a vacina: pessoas que tenham alergia severa a ovo não podem ser imunizadas sem recomendação médica, já que ele é usado no processo de fabricação da substância.

O mesmo vale para outros componentes da fórmula. “E também se está com gripe, se recuperando, melhor esperar um tempo para fazer”, acrescentou.

Paula Gurgel lembrou que os portadores de doenças crônicas devem levar a declaração ou encaminhamento médico para tomar a vacina.

O Ministério da Saúde recomenda que, nesse caso, pacientes com alergia a ovo devem consultar seu médico para avaliar a possibilidade de sere imunizados mesmo assim, já que esse público é mais vulnerável à doença.

Casos em Pernambuco

De acordo com boletim divulgado pela Secretaria de Saúde de Pernambuco, este ano 14 pessoas morreram por Síndrome Respiratória Aguda Grave no estado, uma complicação que pode ser ocasionada por vírus da gripe e outras doenças.

Até agora, dois casos foram descartados para influenza. Os outros 12 estão em investigação.

A secretaria esclareceu ainda que as notificações obrigatórias para influenza no Brasil são de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), em casos que precisam de internação, e amostragem de Síndrome Gripal (SG), em casos leves, analisados para diagnosticar os vírus que estão em circulação.

Até o dia 9 de abril foram notificados 163 casos de SRAG, com dez confirmações de H1N1.

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