O presidente da Grande Assembleia Nacional Turca, Numan Kurtulmus (C), participa da cerimônia oficial de boas-vindas da 10ª Cúpula de Oradores Parlamentares do G20 (P20), organizada pela Câmara dos Deputados do Brasil sob o tema 'Um Mundo Justo e um Planeta Sustentável', em 7 de novembro em Brasília, Brasil (Getty Images)
Agência de Notícias
Publicado em 7 de novembro de 2024 às 12h41.
Última atualização em 7 de novembro de 2024 às 12h47.
As delegações dos parlamentos dos países do G20 iniciaram nesta quinta-feira, 7, em Brasília sua 10ª cúpula, e durante dois dias debaterão seu papel no combate às desigualdades que conspiram contra os objetivos de desenvolvimento pactuados nas Nações Unidas.
“Os objetivos de desenvolvimento sustentável estabelecidos na Agenda 2030 estão ameaçados por uma dura realidade global que inclui guerras, conflitos de vários tipos, dificuldades econômicas persistentes e desigualdades crescentes”, declarou a presidente da União Interparlamentar (UIP), a tanzaniana Tulia Ackson.
A cúpula parlamentar (P20) do grupo que reúne as maiores economias do mundo concentrará seus debates na agenda definida pela presidência brasileira do G20, que tem como eixos o combate à fome e a todas as desigualdades, a promoção do desenvolvimento sustentável e a reforma da governança global.
Ackson disse que “todas essas questões estão interconectadas” e ressaltou a importância dos parlamentos em “tornar realidade os compromissos internacionais nas realidades nacionais”, dentro da estrutura de “um plano coletivo para um mundo mais justo”.
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, destacou que, embora suas decisões não sejam vinculantes, as recomendações do G20 “têm impacto no destino de todas as nações”, pois o grupo representa “85% do PIB mundial, 75% do comércio internacional e dois terços da população do planeta”.
A cúpula parlamentar, que termina na sexta-feira, terá duas sessões de trabalho, as quais também discutirão a contribuição do Poder Legislativo para uma transição ecológica justa e inclusiva, e a cooperação internacional em face de desastres naturais e causados pelo homem.
Em reunião hoje que antecedeu a cúpula parlamentar, foi adotado um documento que pede às maiores economias do mundo que promovam uma maior participação das mulheres na política, tanto nacional quanto globalmente.
O texto contém recomendações para os membros do G20, incluindo a adoção de legislação para fortalecer os direitos das mulheres, o aumento do financiamento público para promover a inclusão das mulheres no mercado de trabalho e o combate à violência baseada em gênero, entre muitos outros objetivos.
O documento e uma declaração conjunta que será adotada na sexta-feira serão apresentados aos líderes do G20 durante a cúpula do grupo que será realizada nos dias 18 e 19 de novembro no Rio de Janeiro, ao final da qual o Brasil entregará a presidência rotativa da organização à África do Sul.