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Operação nacional contra pornografia infantil tem mais de 250 presos

Do total de prisões, 128 foram na região Sudeste, 47 no Nordeste, 38 no Sul, 21 no Centro-Oeste e 17 no Norte.

Pedofilia: "A sociedade não pode admitir que uma criança seja vítima de qualquer crime, especialmente os de abuso sexual", diz delegado-geral da Polícia Civil. (foto/Thinkstock)
AB

Agência Brasil

Publicado em 17 de maio de 2018 às 22h02.

Última atualização em 17 de maio de 2018 às 22h15.

A operação conjunta de polícias civis Luz na Infância 2, deflagrada hoje (17), resultou ao longo do dia em 251 prisões em 284 cidades de 24 estados e do Distrito Federal, segundo balanço divulgado pelo Ministério Extraordinário da Segurança Pública. O número se refere a todas as prisões realizadas até às 18h de hoje.

Promovida pelo ministério em parceria com as polícias civis dos estados envolvidos, a ação tem como foco o combate à pornografia infantil . A operação investigou pessoas que compartilhavam ou armazenavam conteúdos relacionados a crimes de exploração sexual contra crianças e adolescentes.

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Segundo o ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, mais de 1 milhão de arquivos (entre fotos, vídeos e outros documentos obtidos em ambientes virtuais) com conteúdos relacionados a crimes de abuso sexual de crianças e adolescentes foram analisados antes da deflagração. A primeira fase da operação ocorreu em outubro do ano passado.

Do total de prisões, 128 foram na região Sudeste, 47 no Nordeste, 38 no Sul, 21 no Centro-Oeste e 17 no Norte. Ao todo, foram expedidos 579 mandados. O ministério informou que segue monitorando a ação das equipes envolvidas, podendo haver novos números de prisões.

São Paulo

Em São Paulo, 66 pessoas foram presas: 16 por armazenamento e compartilhamento de imagens e 50 apenas por armazenamento. A ação no estado foi coordenada pelo Departamento Estadual de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), com 600 policiais civis destacados para cobrir 166 alvos da operação.

A diretora do DHPP, Elisabete Sato, ressaltou que todos os presos eram homens, casados, com filhos e na faixa etária dos 40 anos. O mais jovem deles tinha 17 anos e o mais velho, 85. Foram presos médicos, servidores públicos, técnicos em informática e professores.

Como o crime de armazenamento é afiançável, a maior parte já pagou a fiança arbitrada pelo delegado de polícia, passando a responder ao processo em liberdade. Já o crime de compartilhamento de imagem não permite o pagamento de fiança.

Foram apreendidos 2.627 objetos como CPUs, notebooks, pen drives, celulares, CDs e DVDs. Todos os equipamentos serão encaminhados para a perícia técnica. A delegada informou que a operação teve como alvo pessoas que acessavam sites de pornografia infantil com muita frequência. "Não é possível mais que toleremos estas situações em que crianças, extremamente indefesas, tenham imagens divulgadas de uma maneira tão ostensiva", disse Sato.

O delegado-geral da Polícia Civil de São Paulo, Júlio Gustavo Vieira Guebert, alerta que as pessoas que receberem esse tipo de material devem avisar as autoridades policiais. "Isso é repugnante. Uma criança foi vítima disso. A sociedade não pode admitir que uma criança seja vítima de qualquer crime, especialmente os de abuso sexual", ressaltou.

Polícia Federal

Uma operação de combate à pornografia infantil, chamada Safenet, também foi realizada hoje pela Polícia Federal com três pessoas presas em flagrante nas cidades de São Paulo e Santo André. Foram cumpridos sete mandados de busca e apreensão nas cidades de São Paulo, Santo André, Guarulhos e Suzano, onde foram apreendidos celulares, mídias e computadores. Os investigados responderão pelo crime de adquirir, possuir ou armazenar, por qualquer meio, fotografia, vídeo ou outra forma de registo que contenha cena de sexo explícito ou pornográfica envolvendo criança ou adolescente, com penas de 1 a 4 anos de prisão.

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