Nunes estranha a volta de Salles para disputa em SP e diz que PL está na sua base
Prefeito afirmou que o ex-Ministro do Meio Ambiente não conversou com o presidente municipal do partido sobre voltar para a disputa
Agência de notícias
Publicado em 6 de outubro de 2023 às 15h41.
Última atualização em 6 de outubro de 2023 às 15h45.
As idas e vindas de Ricardo Salles (PL) na disputa pela prefeitura de São Paulo foram classificadas como "estranhas" pelo atual prefeito e pré-candidato à reeleição, Ricardo Nunes (MDB).
Com o PL como um partido que pretende apoiar sua candidatura, Nunes pontuou que Salles nem sequer conversou com o presidente municipal do partido sobre voltar para a disputa. "Essa construção está um pouco estranha", disse.
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"É difícil comentar sobre outras pessoas que queiram ser candidatos, a gente não escolhe adversário. Acho que (a eleição) está bem longe ainda. O que a gente tem cada dia mais é consolidar a nossa relação com o PL. É o que estou acreditando. É natural que ele (Salles) queira ser candidato. Que venha", disse o prefeito a jornalistas, após evento promovido pelo Comunitas, nesta sexta-feira, 6.
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Questionado sobre o apoio do PL a sua pré-candidatura, Nunes afirmou que a aliança segue de pé. "É o que tenho escutado do presidente do PL. Inclusive, o presidente municipal do PL me ligou falando que nunca conversou com Ricardo Salles ", reafirmou. "Como é que pode o presidente municipal do partido nunca ter conversado com o cara que deseja ser candidato (pela sigla). Essa construção está um pouco estranha".
O ex-ministro do Meio Ambiente da gestão Jair Bolsonaro (PL) e atual deputado federal por São Paulo era um dos nomes colocados na disputa no início do ano, mas o foi rifado pelo PL, que preferiu se aliar a Nunes.
A volta de um apoio a Salles vem sendo discutida pela ala mais ideológica do partido, que viu com maus olhos o distanciamento de Nunes de Bolsonaro. Na terça-feira, 3, Salles publicou em uma rede social que estava "de volta ao jogo" em meio ao embate político em torno da greve dos metroviários em São Paulo.
Sob pressão, o emedebista chegou a dizer que não era próximo nem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nem do ex-presidente Bolsonaro.
Tabata Amaral e o PSDB
Com diálogos para se aproximar do PSDB, Nunes afirmou que, até o momento, nada muda na sua relação com o partido após a troca de comando no diretório municipal da sigla. O prefeito também descartou a possibilidade de a deputada Tabata Amaral (PSB-SP) se filiar ao PSDB e ser colocada como sua possível vice, no futuro.
Nesta semana, a principal liderança do partido e governador do Rio Grande do Su l, Eduardo Leite, ligou para Nunes. "Conversei um pouco com ele (Leite), ele me relatou que não tem essa possibilidade (da Tabata no PSDB)", disse o prefeito.
Na mais recente pesquisa divulgada pelo Datafolha, em agosto, deputado federal Guilherme Boulos (PSOL) aparece com 32% das intenções de voto na disputa pela Prefeitura de São Paulo. Nunes tem 24%, Tabata, 11% e o deputado federal Kim Kataguiri (União Brasil), 8%.