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Base de Temer trava 'guerra silenciosa'

A disputa é para saber quem vai eleger o maior número de prefeitos na disputa pelas 5.568 cidades brasileiras


	O presidente que não fez campanha para não prejudicar o apoio futuro de aliados na votação do ajuste fiscal
 (Christopher Goodney/Bloomberg)

O presidente que não fez campanha para não prejudicar o apoio futuro de aliados na votação do ajuste fiscal (Christopher Goodney/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 2 de outubro de 2016 às 08h14.

Brasília - Apesar dos discursos públicos de que são parceiros em nível federal, o PMDB e o PSDB chegam ao primeiro turno das eleições municipais travando uma "guerra silenciosa": quem vai eleger o maior número de prefeitos na disputa pelas 5.568 cidades brasileiras?

Peemedebistas e tucanos sabem que uma maior capilaridade no País - prefeitos são fortes cabos eleitorais de futuros candidatos a deputado federal e senador em 2018 - pode ajudar na formação de grandes bancadas parlamentares, com força para influenciar o futuro presidente da República, ainda que não sejam desses partidos.

O PMDB, de Michel Temer, o presidente que não fez campanha para não prejudicar o apoio futuro de aliados na votação do ajuste fiscal, quer aprofundar seu processo de interiorização no Brasil e pretende conquistar ao menos 1,2 mil prefeituras este ano, 23% a mais do que as 1.024 cidades de 2012. O partido tenta ainda uma inédita vitória em São Paulo, com Marta Suplicy, e no Rio, com Pedro Paulo, após oito anos de gestão Eduardo Paes, para ampliar seu poder mesmo sem um sucessor natural para o Planalto em 2018.

Já o PSDB tem um desafio audacioso: superar o PMDB em número de prefeituras - elegeu 704 prefeitos há quatro anos. Os tucanos têm dado prioridade a campanhas nas cidades com mais de 100 mil habitantes e, com base em pesquisas, entram na reta final com a perspectiva de vencer em dois importantes colégios eleitorais ligados a dois caciques partidários apontados como prováveis candidatos a presidente: João Doria, em São Paulo, nome do governador Geraldo Alckmin; e João Leite, em Belo Horizonte, candidato do presidente do partido, Aécio Neves.

As legendas também atuam sobre o espólio do PT, apeado do Planalto após o impeachment de Dilma Rousseff, que luta para não perder o comando de capitais importantes - como São Paulo, com Fernando Haddad - e manter as 635 prefeituras conquistadas em 2012.

O DEM, que voltou a ser governo após 14 anos na oposição e comanda a Câmara com Rodrigo Maia (RJ), após a renúncia de Eduardo Cunha (PMDB-RJ), quer superar os 278 municípios da eleição passada e aspira lançar candidato presidencial em 2018 - o líder do partido no Senado, Ronaldo Caiado (GO), é um nome lembrado. Partidos médios, como PP, PSD e PTB, antes na órbita de Dilma, querem uma recolocação política sob Temer. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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