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MP denuncia Jair Renan Bolsonaro por suposta fraude em empréstimo bancário

Filho 04 do ex-presidente foi acusado de praticar os crimes de lavagem de dinheiro, falsidade ideológica e uso de documento falso; defesa nega qualquer irregularidade

Renan Bolsonaro: o alvo da suspeita era uma declaração de faturamento de R$ 4,6 milhões da Bolsonaro Jr. Eventos e Mídia (Evaristo Sá/AFP/Getty Images)

Renan Bolsonaro: o alvo da suspeita era uma declaração de faturamento de R$ 4,6 milhões da Bolsonaro Jr. Eventos e Mídia (Evaristo Sá/AFP/Getty Images)

Agência o Globo
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Publicado em 20 de março de 2024 às 16h24.

O Ministério Público do Distrito Federal e dos Territórios denunciou Jair Renan Bolsonaro, filho do ex-presidente, pelos crimes de lavagem de dinheiro, falsidade ideológica e uso de documento falso. O “zero quatro” foi investigado por supostamente usar um documento com informações falsas de sua empresa para obter um empréstimo bancário que não foi pago. 

De acordo com o inquérito da Polícia Civil, o alvo da suspeita era uma declaração de faturamento de R$ 4,6 milhões da Bolsonaro Jr. Eventos e Mídia. Com esses números falsos, Jair Renan e o sócio Maciel Alves buscavam lastro para um empréstimo bancário. A empresa tinha como principal ramo de atuação fornecer “serviços de organização de feiras, congressos, exposições e festas”. 

"Não há dúvidas de que as duas declarações de faturamento apresentadas ao banco são falsas, por diversos aspectos, tanto material, em razão das falsas assinaturas do Técnico em Contabilidade [...], que foi reinquirido e negou veementemente ter feito as rubricas, quanto ideológico, na medida em que o representante legal da empresa RB Eventos e Mídia fez inserir nos documentos particulares informações inverídicas consistentes nos falaciosos faturamentos anuais", afirmaram os investigadores, no relatório final do caso.

Empréstimos do Santander

Ainda segundo as investigações, a dupla contraiu pelo menos três empréstimos no Banco Santander. Jair Renan teria se beneficiado de parte dos valores obtidos de forma ilícita, por meio do pagamento da fatura do cartão de crédito de sua empresa, no valor de cerca de R$ 60 mil.

Em depoimento, Jair Renan afirmou não reconhecer suas assinaturas nas declarações de faturamento supostamente falsas e negou ter requisitado empréstimos. Perito, testemunhas e até imagens de seu login no aplicativo bancário vão de encontro a tese apresentada por ele.

Na ocasião do indiciamento, o advogado Admar Gonzaga, que representa Jair Renan, disse que não comentaria porque o caso é sigiloso. Já Pedrinho Villard, que defende Maciel Alves, afirmou que seu cliente "com certeza"seria absolvido.

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