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Ministério das Comunicações e Correios doarão chips para ajudar na comunicação dos Yanomami

O objetivo é facilitar a comunicação entre as equipes humanitárias e de apoio que prestam assistência nas terras indígenas Yanomami, em Roraima

Aerial view of Porto do Arame, located on the banks of the Uraricoera river, which is the main access point for people trying to leave illegal mining sites inside Yanomami indigenous lands in Roraima state, Brazil on February 7, 2023. (Photo by MICHAEL DANTAS / AFP) (Photo by MICHAEL DANTAS/AFP via Getty Images) (MICHAEL DANTAS/AFP/Getty Images)

Aerial view of Porto do Arame, located on the banks of the Uraricoera river, which is the main access point for people trying to leave illegal mining sites inside Yanomami indigenous lands in Roraima state, Brazil on February 7, 2023. (Photo by MICHAEL DANTAS / AFP) (Photo by MICHAEL DANTAS/AFP via Getty Images) (MICHAEL DANTAS/AFP/Getty Images)

AB

Agência Brasil

Publicado em 10 de fevereiro de 2023 às 18h50.

O Ministério das Comunicações (MCom) informou nesta sexta-feira, 10, que vai fornecer, em conjunto com os Correios, mil chips de celular da operadora da empresa pública, a Correios Celular. O objetivo é facilitar a comunicação entre as equipes humanitárias e de apoio que prestam assistência nas terras indígenas Yanomami, em Roraima.

Os dispositivos dão acesso à internet, fornecendo conexão aos grupos que precisam se comunicar em meio aos trabalhos de assistência aos indígenas. De acordo com o Mcom, os chips serão levados ao Comitê de Coordenação Nacional para Enfrentamento à Desassistência Sanitária da população Yanomami.

Ontem (9), o ministro das Comunicações, Juscelino Filho, disse que foram instaladas 17 antenas móveis de conexão banda larga via satélite no território dos indígena. Os equipamentos serão usados para apoiar o atendimento médico à população.

Os Yanomami passam por uma crise humanitária, relacionada a expansão do garimpo ilegal em suas terras, responsável por uma série de impactos sanitários, ambientais. Além de doenças como malária e pneumonia, os indígenas também sofrem com desnutrição e uma alta taxa de mortalidade de bebês no primeiro ano de vida. Entre essa parcela da população Yanomami a taxa atingiu 114,3 a cada mil nascimentos em 2020.

Segundo dados da Organização das Nações Unidas (ONU), o número é 10 vezes a taxa do Brasil e supera a dos países africanos Serra Leoa e República Centro-Africana, que estão entre os mais pobres do mundo e têm os maiores índices de mortalidade de crianças. Serra Leoa tinha, em 2020, taxa de mortalidade de 80,5 e a República Centro-Africana, de 77.

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