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Mercadante diz que relatório de transição 'só de revogaço tem 23 páginas'

Só de revogaço tem 23 páginas, passando por uma peneira bem fina para avaliar cada medida e suas implicações e avaliar junto com o presidente o que será revogado"

O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, concede entrevista coletiva (Elza Fiúza / Agência Brasil/Agência Brasil)

O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, concede entrevista coletiva (Elza Fiúza / Agência Brasil/Agência Brasil)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 13 de dezembro de 2022 às 16h44.

O coordenador técnico do governo de transição, Aloizio Mercadante, fez duras críticas em relação à situação do governo atual e disse que haverá drásticas mudanças assim que o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva tomar posse.

"Só de revogaço tem 23 páginas, passando por uma peneira bem fina para avaliar cada medida e suas implicações e avaliar junto com o presidente o que será revogado", disse em relação aos 32 relatórios que foram produzidos pelos grupos de trabalho.

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Mercadante afirmou que os documentos apresentam um diagnóstico muito preciso sobre suas diferentes áreas. "O governo disse que a situação fiscal está muito boa. Tá muito boa para quem? Educação não tem livro didático, reajuste de merenda, bolsa de estudos da Capes. Na Saúde, não tem recursos para a Farmácia Popular, tratamento de câncer, em cada uma das áreas", citou. "Para qualquer área que a gente tem olhado não tem dinheiro: para a defesa civil, desastres naturais, não tem investimento em obras hídricas estruturantes e nem prevenção contra desastres naturais", continuou.

Na lista, o coordenador completou dizendo que não há precisão para o Bolsa Família, para o salário mínimo, que o DNIT recebeu o menor valor desde que foi criado, em 20 anos de história, não tem recurso para manutenção das estradas. "O diagnóstico é muito difícil".

Por isso, de acordo com ele, a PEC da Transição é indispensável ao País. "Temos que pagar 600 reais em janeiro e espero que os deputados votem o mais rápido possível", pediu. Segundo Mercadante, não há previsão de receitas para cobrir os buracos que a equipe tem encontrado. "Conseguimos desenhar nova estrutura de governo sem aumentar gastos com estrutura, racionalizando."

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