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Maia sobre Datafolha: alta na rejeição não me preocupa, não sou governo

Segundo o deputado, queda de popularidade de Bolsonaro era esperada, porque seria natural perder o apoio de quem votou nele contra o PT

Rodrigo Maia: deputado falou sobre resultado de pesquisa que aponta alta da rejeição de Bolsonaro (Tomaz Silva/Agência Brasil)

Rodrigo Maia: deputado falou sobre resultado de pesquisa que aponta alta da rejeição de Bolsonaro (Tomaz Silva/Agência Brasil)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 2 de setembro de 2019 às 16h52.

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, afirmou nesta segunda-feira, 2, que a pesquisa divulgada nesta segunda-feira, 2, pelo Datafolha e que mostra a queda de popularidade do presidente Jair Bolsonaro não atrapalha a relação do governo com o Congresso.

"Uma coisa não tem nada a ver com a outra, o choque na avaliação é uma comparação que a gente tem que ter cuidado em fazer, porque são ciclos diferentes, agora é um ciclo muito polarizado, não dá para comparar com o início do governo Dilma aonde ela pegou todo o crédito do presidente Lula", afirmou, depois de participar de um debate em um restaurante na zona sul do Rio promovido pela Associação Brasileira de Relações Institucionais e Governamentais (Abrig).

Ele disse que a queda de popularidade deve sim ser uma preocupação do governo, mas não dele, "porque eu não sou governo", frisou.

Maia disse ainda que a queda de popularidade de Bolsonaro era esperada, já que é natural perder o apoio de quem votou nele contra o PT. Além disso, ao participar dessa polarização pelas redes sociais, ele fica apenas de um dos lados do debate.

"Quando ele trabalha a polarização é natural que ele fique com um segmento da sociedade e não tenha o outro. Uma parte votou contra o PT, é normal que ele perca esse apoio agora", explicou.

"Fica claro que na linha que o governo vem atuando fica com esse núcleo mais à direita contra o núcleo mais à esquerda, e vai ficar um eixo, um campo que vai precisar ser ocupado pela política", avaliou.

Segundo Maia, Bolsonaro está governando para os eleitores que o fizeram chegar no início do processo da campanha eleitoral a 20% 25% dos votos. "Acredito que é para esse eixo que ele esteja priorizando pelos menos os primeiros meses do governo dele", declarou.

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