Brasil

Lula sanciona lei que aumenta pena para feminicídio para até 40 anos de prisão

Texto também estabelece novos agravantes às punições

Agência o Globo
Agência o Globo

Agência de notícias

Publicado em 10 de outubro de 2024 às 07h16.

Última atualização em 10 de outubro de 2024 às 07h17.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou na última quarta-feira, 9, um projeto de lei que aumenta a pena do crime de feminicídio e estabelece novos agravantes às punições.

A pena, que hoje pode ser de 12 a 30 anos de prisão, passa a ser de 20 a 40 anos. O texto considera feminicídio como um crime autônomo ao homicídio e determina que quem comete o crime não pode ocupar cargos públicos.

A sanção aconteceu em agenda fechada no Palácio do Planalto, com a presença da ministra das Mulheres, Cida Gonçalves e os ministros Rui Costa (Casa Civil), Alexandre Padilha (Relações Institucionais) e Jorge Messias (AGU), além do ministro da Justiça substituto, Manoel Carlos de Almeida Neto, e do líder do governo na Câmara, deputado José Guimarães (PT).

"O nosso governo está comprometido e em Mobilização Nacional pelo Feminicídio Zero", escreveu Lula, nas redes. Em vídeo, a ministra das Mulheres afirmou que traz a nova lei "traz complementos importantes para que de fato nós possamos ter um país sem feminicídio".

O projeto passou pelas comissões do Senado em 2023, e foi aprovado na Câmara em setembro. A iniciativa também proíbe a visita íntima a presos que cometeram "crimes contra a honra, lesão corporal e ameaça praticados contra a mulher por razões da condição do sexo feminino" e também isenta a vítima do pagamento de custas processuais.

Acompanhe tudo sobre:Governo LulaFeminicídios

Mais de Brasil

Após indiciamento, Bolsonaro critica atuação de Moraes: 'Faz tudo o que não diz a lei'

PF indicia Bolsonaro, Heleno, Braga Netto e mais 34 pessoas por tentativa de golpe de Estado

Lula comenta plano golpista para matá-lo: 'A tentativa de me envenenar não deu certo'

Às vésperas da decisão no Congresso, EXAME promove webinar sobre a regulação da reforma tributária