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Linha 6-Laranja pode ganhar mais seis estações antes da inauguração; veja detalhes

Governo de São Paulo autoriza estudos para expansão do ramal, com previsão de conexão com a Linha 10-Turquesa da CPTM

André Martins
André Martins

Repórter de Brasil e Economia

Publicado em 12 de fevereiro de 2025 às 18h46.

Com a inauguração parcial prevista para o segundo semestre de 2026, a Linha 6-Laranja pode ser ampliada antes mesmo da conclusão do projeto inicial. Na última segunda-feira, 10, o governo estadual de São Paulo autorizou a elaboração de estudos para que o ramal ganhe mais 7 quilômetros e seis estações além do previsto no projeto em execução.

O plano é que a expansão seja realizada em dois trechos: um na direção da região central, com as novas estações Aclimação, Cambuci, Vila Monumento e São Carlos, e outro rumo à Zona Norte, que contará com as paradas Morro Grande e Velha Campinas. Com essa ampliação, a Linha 6-Laranja passará a se conectar com a Linha 10-Turquesa da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos).

A concessionária Linha Universidade ficará encarregada dos estudos de viabilidade e da obtenção das licenças ambientais necessárias para a execução dos trabalhos. Após essa fase, o governo estadual avaliará a possibilidade de incluir a expansão no contrato de concessão como um investimento adicional. Essa nova possibilidade não afeta a entrega já programada da Linha-6, prevista para o final do ano que vem.

A obra utilizará diferentes métodos de escavação conforme as características geológicas do solo. No trecho central, será utilizado o Tatuzão (TBM – Tunnel Boring Machine), tecnologia que permite a escavação de túneis sem impacto na superfície. Já a expansão para a Zona Norte empregará o método NATM (New Austrian Tunneling Method), mais indicado para solos rochosos.

Com um orçamento estimado em R$ 19 bilhões, a Linha 6-Laranja é atualmente a maior obra de infraestrutura em execução na América Latina. Por se tratar de uma Parceria Público-Privada (PPP), os investimentos são divididos entre o Estado de São Paulo e a empresa responsável pela concessão.

A construção da linha começou em 2015, sob responsabilidade de um consórcio que incluía as empreiteiras Odebrecht e Queiroz Galvão, as quais estavam envolvidas na Operação Lava Jato. Em 2016, o grupo suspendeu os trabalhos, e, após anos de disputas com o governo estadual, se retirou do projeto. Em 2020, a Acciona assumiu as obras, mantendo as condições do contrato anterior. Além de construir a linha, a Acciona ficará responsável pela operação do serviço por 19 anos.

Como será a linha 6-Laranja

Com 15,3 quilômetros de extensão e 15 estações, a Linha 6-Laranja tem como previsão transportar mais de 630 mil passageiros diariamente entre as estações Brasilândia e São Joaquim. O trajeto, atualmente realizado por ônibus e com duração de aproximadamente 1h30, será reduzido para apenas 23 minutos. A linha contará com conexões com as Linhas 1-Azul, 4-Amarela, 7-Rubi, 8-Diamante e 9-Esmeralda. Caso o projeto de ampliação seja aprovado, a linha passará a ter 21 estações e 22 quilômetros de extensão.

  • Brasilândia
  • Maristela
  • Itaberaba-Hospital Vila Penteado
  • João Paulo I
  • Freguesia do Ó
  • Água Branca (acesso à linha 7-rubi da CPTM)
  • Sesc Pompeia
  • Perdizes
  • PUC-Cardoso de Almeida
  • FAAP-Pacaembu
  • Higienópolis-Mackenzie (acesso à linha 4-amarela do metrô)
  • 14 Bis-Saracura
  • Bela Vista
  • São Joaquim (acesso à linha 1-azul do metrô)
  • Aclimação*
  • Cambuci*
  • Vila Monumento*
  • São Carlos*
  • Morro Grande*
  • Velha Campinas*

*Estações previstas no projeto de extensão

Quando a linha 6-Laranja vai ficar pronta?

No segundo semestre de 2026, o governo promete entregar o primeiro trecho do ramal, entre as Estações Brasilândia e Perdizes. 

O restante da linha, entre as Estações Perdizes e São Joaquim, interligam a Zona Norte ao Centro da Capital e será entregue no segundo semestre de 2027.

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