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Inflação de setembro acelera e fica em 0,44%; IPCA acumulado de 12 meses sobe para 4,42%

O dado em linha com a expectativa do mercado, que esperava alta de 0,46% no mês e avanço de 4,30% no acumulado dos últimos 12 meses

A redução estimada pelo governo nas contas de luz para o consumidor é de cerca de 20% (Brunorbs/Getty Images)
André Martins

Repórter de Brasil e Economia

Publicado em 9 de outubro de 2024 às 09h01.

Última atualização em 9 de outubro de 2024 às 09h29.

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (IPCA), indicador que é a inflação oficial do Brasil, fechou o mês de setembro com alta de 0,44%, uma aceleração após o recuo de 0,02% em a gosto. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira, 9, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O IPCA acumula alta de 3,31% no ano e, nos últimos 12 meses, de 4,42%,acima dos 4,24% observados nos 12 meses imediatamente anteriores.Em setembro de 2023, a variação havia sido de 0,26%.

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O dado veio levemente abaixo da expectativa do mercado, que esperava alta de 0,46% no mês e avanço de 4,30% no acumulado dos últimos 12 meses.

Por que o IPCA de setembro subiu?

Segundo o IBGE, o resultado foi influenciado pela altanos preços da energia elétrica residencial, que passou de -2,77% em agosto para 5,36% em setembro, e no grupo Alimentação e bebidas, com alta de 0,50%, que subiu após dois meses consecutivos de quedas.

“A mudança de bandeira tarifária de verde em agosto, onde não havia cobrança adicional nas contas de luz, para vermelha patamar um, por causa do nível dos reservatórios, foi o principal motivo para essa alta. A bandeira vermelha patamar um acrescenta R$4,46 aproximadamente a cada 100kwh consumidos”, explica André Almeida, gerente da pesquisa. O item teve um impacto de 0,21 ponto percentual do índice geral de setembro.

A pesquisa também verificou reajustes tarifários de 0,08% na taxa de água e esgoto. Ainda no grupo de Habitação, destaca-se o aumento de 2,40% no gás de botijão. Além disso, o resultado do gás encanado (0,02%) acontece após um reajuste médio de 2,77%, no Rio de Janeiro (0,17%), a partir de 1º de agosto; e da mudança na estrutura das faixas de consumo nas faturas em Curitiba, a partir de 1º de agosto (-0,25%).

GrupoVariação (%)Impacto (p.p.)
AgostoSetembroAgostoSetembro
Índice Geral -0,02 0,44 -0,02 0,44
Alimentação e bebidas-0,440,50-0,090,11
Habitação-0,511,80-0,080,27
Artigos de residência0,74-0,190,03-0,01
Vestuário0,390,180,020,01
Transportes0,000,140,000,03
Saúde e cuidados pessoais0,250,460,030,06
Despesas pessoais0,25-0,310,03-0,03
Educação0,730,050,040,00
Comunicação0,10-0,050,000,00
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Índices de Preços

Preços de alimentos sobem em setembro

O preço de alimentos e bebidas subiram 0,50%, com alta de 0,56% na alimentação no domicílio após dois meses consecutivos de queda.

As maiores altas foram do preço do mamão, que subiu 10,34%, da laranja-pera, com alta de 10,02%, do café moído, que subiu 4,02%, e do contrafilé, com alta de 3,79%.No lado das quedas, destacam-se a cebola (-16,95%), o tomate (-6,58%) e a batata inglesa (-6,56%).

A alimentação fora do domicílio (0,34%) registrou variação próxima à do mês anterior (0,33%). O subitem refeição desacelerou de 0,44% em agosto para 0,18% em setembro, enquanto o lanche acelerou de 0,11% para 0,67%.

Goiânia teve maior inflação em setembro

RegiãoPeso Regional (%)Variação (%)Variação Acumulada (%)
AgostoSetembroAno12 meses
Goiânia4,17-0,511,083,475,08
Curitiba8,09-0,360,773,123,52
Rio Branco0,51-0,210,752,834,11
São Luís1,62-0,540,604,824,62
Campo Grande1,570,030,583,234,45
Rio de Janeiro9,43-0,080,532,964,60
Belo Horizonte9,690,130,514,576,17
Vitória1,860,140,493,044,23
Porto Alegre8,610,180,392,863,69
São Paulo32,280,100,363,354,59
Fortaleza3,230,000,303,314,42
Salvador5,990,030,282,963,95
Brasília4,060,170,262,654,50
Belém3,94-0,400,182,763,60
Recife3,92-0,070,173,052,87
Aracaju1,03-0,330,073,763,75
Brasil 100,00 -0,02 0,44 3,31 4,42
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Índices de Preços
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