Haddad: ideia neste ano é focar na regulamentação da Reforma Tributária sobre consumo (Ton Molina/NurPhoto/Getty Images)
Repórter especial de Macroeconomia
Publicado em 25 de novembro de 2024 às 19h01.
Última atualização em 25 de novembro de 2024 às 19h11.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta segunda-feira, 25, que as medidas de corte de gastos foram fechadas em reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva nesta tarde no Palácio do Planalto.
Segundo ele, as propostas serão anunciadas após os textos serem apresentados ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e ao presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL).
A data da reunião de Lula com Pacheco e Lira, entretanto, ainda não está definida. Entretanto, Haddad afirmou que o pacote será divulgado ainda nesta semana.
“Agora é uma questão de protocolo com o Congresso”, disse. Segundo Haddad, as medidas serão detalhadas para toda a sociedade no mesmo dia em que os presidentes das duas casas receberem as informações.
Haddad também detalhou que a expectativa é que uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) e um projeto de lei complementar sejam enviados aos Legislativo com as medidas para reduzir a trajetória de crescimento das despesas públicas.
“Ele deve falar com os presidentes Pacheco, Lira e com os líderes [do Congresso]. Na sequência, vamos encaminhar”, disse.
Segundo Haddad, Lula convocou o diretor de Política Monetária e futuro presidente do Banco Central (BC), Gabriel Galípolo, para participar das reuniões desta segunda. “[Lula] Queria ouvir a percepção do Gabriel sobre as matérias”, afirmou Haddad.
O ministro deu a entender que uma PEC tratando dos cortes de custo seria enviada, mas deixou aberta a possibilidade de que as medidas sejam incluídas em uma PEC, da Desoneração das Receitas da União (DRU), cujo prazo de vigência se encerra em 31 de dezembro deste ano.