Funcionário fantasma, irmão de Jair Bolsonaro é exonerado
Renato Bolsonaro foi exonerado do cargo de assessor especial parlamentar na Assembleia Legislativa de São Paulo
Da Redação
Publicado em 8 de abril de 2016 às 21h50.
Última atualização em 24 de setembro de 2018 às 14h30.
Texto publicado em 8 de abril de 2016
O irmão do deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ), Renato Bolsonaro, foi exonerado do cargo de assessor especial parlamentar na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp).
No cargo há três anos, ele recebia R$ 17 mil mensais, mas não aparecia para trabalhar. A exoneração veio no mesmo dia em que o SBT denunciou o caso.
Renato Bolsonaro - também tio do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSC-SP) - trabalhava até quinta-feira (7) no gabinete do deputado estadual André do Prado (PR). Pelo menos no papel.
Ao invés de comparecer para o expediente legislativo, o irmão do deputado do PSC preferia trabalhar em uma das suas quatro lojas de móveis. Para os cofres públicos, segundo a reportagem do SBT, Renato custava R$ 228 mil anuais.
Na Alesp, outros servidores confirmaram conhecer Renato Bolsonaro pelo nome, e até terem contato por telefone com ele, mas que ele não é visto na Casa, o que reforçou a tese de que seria um ‘funcionário fantasma’. Em 2014, Renato Bolsonaro fez campanha para André do Prado, como mostram as suas redes sociais.
Procurado para comentar o assunto, Jair Bolsonaro não titubeou perante as câmeras: Pau nele para deixar de ser otário!, afirmou o parlamentar. Na sua página no Facebook, ao ser questionado por um seguidor, o parlamentar disse que caso tenha cometido algum crime, que responda pelos seus atos juntamente com o deputado que o nomeou.
Já Renato Bolsonaro declarou que deixou o cargo na Alesp para concorrer à Prefeitura de Miracatu (SP), no interior de São Paulo. Em 2012, ele se candidatou ao mesmo cargo, mas obteve 25,08% dos votos válidos e não conseguiu se eleger.
Aliás, a respeito do município que quer comandar, o irmão mais novo do parlamentar do PSC fez um comentário curioso: O que estraga (aqui) são os políticos, afirmou Renato, em tom irônico.