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Fronteira com Venezuela já está fechada, diz governador de Roraima

Antonio Denarium afirmou que a fronteira terrestre entre o Brasil e a Venezuela foi fechada por tanques de tropas venezuelanas por volta das 15h30

Maduro: o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, afirmou a fronteira seria fechada a partir das 20h desta quinta-feira (Nacho Doce/Reuters)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 21 de fevereiro de 2019 às 17h01.

O governador de Roraima, Antonio Denarium, afirmou que a fronteira terrestre entre o Brasil e a Venezuela foi fechada por tanques de tropas venezuelanas por volta das 15h30.

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro , afirmou a fronteira seria fechada a partir das 20h desta quinta-feira, (hora local, ou 21h de Brasília).

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"Tive informações que há 30 minutos foi fechada a fronteira com a presença de blindados do governo da Venezuela", declarou ao Broadcast Político, por telefone. Ele está em Brasília e deverá retornar ao seu Estado no período da noite. O governador já esteve no Planalto, pela manhã, antes do anúncio de Maduro, e não há previsão de retorno.

Segundo Denarium, a ajuda humanitária prevista pelo governo brasileiro aos venezuelanos está mantida, porém não é possível prever se será possível atravessar a fronteira.

"A fronteira entre o Brasil e a Venezuela é seca. Tem 1800 km de fronteira. Temos um grande número de venezuelanos na fronteira que moram do lado de cá, inclusive em abrigos, são mais de 5 mil venezuelanos em Boa vista e Pacaraima, vivendo como refugiados. A ajuda pode ser feita do lado de cá da fronteira", disse o governador.

Denarium afirmou que recebeu a informação do governo federal de que "a ajuda humanitária continua". Se a ajuda vai atravessar ou atravessar a fronteira isso ainda não está definido", reforçou.

O Palácio do Planalto decidiu não se manifestar sobre a decisão do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, determinar o fechamento da fronteira terrestre entre o país e o Brasil. Em nota, a assessoria de imprensa do Planalto afirmou que "não haverá manifestação sobre o assunto".

Na terça-feira (19), o porta-voz do governo Jair Bolsonaro, Otávio do Rêgo Barros, comunicou que o governo brasileiro vai enviar alimentos e medicamentos na fronteira com a Venezuela no dia 23 de fevereiro para atender ao pedido do líder opositor Juan Guaidó, que se autoproclamou presidente interino da Venezuela e tem o apoio de diversos países.

"A ajuda, que inclui alimentos e medicamentos, será disponibilizada em território brasileiro, em Boa Vista e Pacaraima, Estado de Roraima, para recolhimento pelo governo do Presidente Encarregado Juan Guaidó, por caminhões venezuelanos conduzidos por venezuelanos", dizia nota do Ministério de Relações Exteriores e lida pelo porta-voz.

Ainda de acordo com o texto, a operação ocorre em cooperação com o governo dos Estados Unidos e é coordenada pelo Ministério das Relações Exteriores.

"O Brasil se junta assim a esta importante iniciativa internacional de apoio ao governo de Guaidó e ao povo venezuelano", afirma outro trecho.

Participam da força-tarefa para definir a logística da operação a Casa Civil da Presidência da República, os Ministérios da Defesa, da Agricultura, da Cidadania, da Saúde e do Gabinete de Segurança Institucional, entre outros.

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