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Força Nacional vai ao Maranhão para conter onda de violência

Desde quinta-feira (19), ocorreram 14 ataques a ônibua e 6 terminaram com coletivos completamente incendiados


	As ações foram praticadas por facções criminosas como forma de reação à dura repressão aos detentos no Complexo Penitenciário de Pedrinhas
 (Reprodução/TV Brasil)

As ações foram praticadas por facções criminosas como forma de reação à dura repressão aos detentos no Complexo Penitenciário de Pedrinhas (Reprodução/TV Brasil)

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Da Redação

Publicado em 22 de maio de 2016 às 18h13.

São Luís, MA - Uma onda de violência tomou conta da região metropolitana de São Luís, capital do Maranhão, nos últimos dias. Desde quinta-feira (19), ocorreram 14 ataques a ônibus, destes, 6 terminaram com coletivos completamente incendiados e 25 adolescentes infratores fugiram de uma Unidade de Detenção Provisória neste domingo.

As ações violentas foram praticadas por facções criminosas como forma de reação a dura repressão aos detentos que está ocorrendo no Complexo Penitenciário de Pedrinhas. Em meio a essa situação de caos na segurança pública, o governador Flávio Dino (PCdoB) solicitou ao Ministério da Justiça o envio da Força Nacional, que já começa a atuar nesta segunda-feira (24).

De acordo com o delegado-geral de Polícia Civil do Maranhão, Lawrence Melo Pereira, 128 homens da Força Nacional vão ajudar no combate a violência. Desde o início dos ataques, houve reforço do policiamento na zona rural da região metropolitana, nos pontos finais e, também, nas paradas de ônibus, terminais de integração, nas áreas e bairros mapeados pela demanda de ocorrências.

Nos últimos anos, a Força Nacional também foi convocada pela ex-governadora Roseana Sarney (PMDB), para ajudar no combate a violência e também no controle dos detentos de Pedrinhas.

Mais uma vez, os ataques foram comandados de dentro do Complexo Penitenciário de Pedrinhas por líderes de facções criminosas. O suposto autor das ordens dos últimos atentados, Eliakim Machado, o "Sadrak", é um dos líderes do Bonde dos 40, uma das quadrilhas mais perigosas em atuação no Maranhão.

Em uma interceptação telefônica feita pela Secretaria de Segurança, Eliakim ordena: "Boa noite meus irmãos da família 40! Tá dado aí um salve geral aí pra tá agarrando os ônibus, de preferência no ponto final, pois não tem ninguém dentro, tá tocando fogo nos ônibus. Mas é pra pegar fogo todinho mesmo os ônibus. Forma de protesto contra a opressão que estamos sofrendo no sistema penitenciário".

A opressão citada pelo detento se refere a forte repressão que a Secretaria de Justiça e Administração Penitenciária impôs aos prisioneiros, após a morte do auxiliar de agente penitenciário, Gilvan Cordeiro, que foi executado na capital maranhense por membros de facções criminosas.

Para tentar acalmar a população e passar um clima de tranquilidade, Flávio Dino acompanhou pessoalmente na noite de sábado (21), as operações de policiamento ostensivo. "A polícia está presente para garantir a ordem pública", afirmou o governador.

Desde que passou a adotar o policiamento ostensivo, as forças de segurança do Maranhão identificaram e prenderam 38 suspeitos, sendo 21 autuados pelos ataques aos ônibus e outros crimes.

O secretário de Segurança, Jefferson Portela, classificou os atentados como "atos covardes" e que "a força do crime não vai predominar no Maranhão, e todos os autores e mentores dos crimes vão ser identificados".

Ainda de acordo com dados da Secretaria de Segurança Pública, a partir do governo Flávio Dino, com novas estratégias e apoio dos serviços de inteligência, a polícia alcançou os grandes traficantes, desarticulou quadrilhas locais e interestaduais, ocasionando, segundo cálculos do delegado geral Lawrence Melo, um prejuízo de R$ 5 milhões ao narcotráfico. De uma única vez, apreendeu R$ 500 mil reais em entorpecentes provenientes do Mato Grosso do Sul.

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