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Flávio Dino diz que Lula não foi exposto a risco e que ordem está garantida

Dino afirmou que pessoas criaram histórias "fantasiosas" em relação à integridade de Lula, que não procedem

Dino: "A diplomação ocorreu hoje (ontem, segunda), como manda a lei, sem nenhum tipo de obstáculo, sem intercorrência" (Leandro Fonseca/Exame)

Dino: "A diplomação ocorreu hoje (ontem, segunda), como manda a lei, sem nenhum tipo de obstáculo, sem intercorrência" (Leandro Fonseca/Exame)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 13 de dezembro de 2022 às 08h32.

O futuro ministro da Justiça, Flávio Dino, disse na madrugada desta terça-feira, 13, que o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não foi exposto a riscos durante atos criminosos de bolsonaristas que vandalizaram a região central de Brasília na noite de segunda-feira. Eles atearam fogo em diversos carros e ônibus, jogaram botijões de gás ao redor das chamas, bloquearam ruas com barricadas, depredaram equipamentos públicos e privados e tentaram invadir prédios públicos, como a sede da Polícia Federal.

Dino afirmou que pessoas criaram histórias "fantasiosas" em relação à integridade de Lula, que não procedem. "Em nenhum momento o presidente Lula foi exposto a qualquer risco. Está em absoluta segurança e assim prosseguirá até a posse e ao pleno exercício de suas funções", afirmou o futuro ministro em coletiva de imprensa no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), sede do gabinete de transição.

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"Estamos trabalhando há algumas semanas em parceria com o governo do Distrito Federal e quero agradecer ao governador que tem mantido contatos diários conosco, visando a garantir a máxima proteção da ordem pública. O mais importante é que o trabalho conjunto está apto a garantir a segurança do presidente e a ordem pública na capital do País", garantiu Dino.

Segundo o futuro ministro, as respostas do poder público estão sendo adequadas. Ele disse que a deflagração dos atos criminosos ocorreu após a prisão de um indígena, pela Polícia Federal.

"A diplomação ocorreu hoje (ontem, segunda), como manda a lei, sem nenhum tipo de obstáculo, sem intercorrência. Lula está apto a exercer seu cargo a partir de 1.° de janeiro", disse o futuro ministro, que classificou o ato como sendo de responsabilidade de um "grupo pequeno".

Para Dino, o governador do Distrito Federal Ibaneis Rocha (MDB) garantiu que a ordem pública na capital do País está preservada. "Governador Ibaneis garantiu cabalmente que haverá todo o efetivo necessário para que não se repitam essas ocorrências", disse Dino. O futuro ministro disse que conversou cinco vezes com o governador, mas nenhuma com representantes do atual Ministério da Justiça.

O futuro titular da Justiça afirmou que "não há nenhuma hipótese de haver passos atrás na garantia de lei e da ordem pública em razão de violência". Dino destacou que Lula e sua equipe estão "tranquilos", mas que agirão com firmeza, inclusive nas investigações.

Flávio Dino declarou que as manifestações golpistas não surtirão efeito e classificou eles como derrotados. "Lembremos, hoje (ontem) houve a diplomação do presidente Lula. Nós não podemos neste momento achar que há vitória daqueles que querem o caos. O sentido principal da nossa mensagem é essa", afirmou. "Há infelizmente pessoas desejando o caos, antidemocráticas, ilegais? Sim, há, mas essas pessoas não venceram e não vencerão amanhã", completou.

O secretário da Segurança Pública do Distrito Federal, Julio Danilo, disse não ter informações sobre a quantidade de pessoas presas. Ele afirmou que algumas das pessoas que participaram dos atos de vandalismo estão acampadas no QG do Exército. Segundo o secretário, por conta do que ocorreu, será preciso "reavaliar" a permanência do acampamento no local. Ele admitiu, no entanto, que não tem ingerência sobre a área em frente ao Comando do Exército por se tratar de uma região militar.

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