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Em debate, Witzel diz querer alguém como Joaquim Levy na Fazenda do RJ

Wilson Witzel, do PSC, que teve arrancada final e ficou com 40% dos votos, prometeu atrair 100 bilhões de reais em investimentos em 4 anos

Wilson Witzel, vencedor do primeiro turno, voltou a dizer que "bandido com fuzil será abatido" (Paula Johnas/Firjan/Divulgação)

Wilson Witzel, vencedor do primeiro turno, voltou a dizer que "bandido com fuzil será abatido" (Paula Johnas/Firjan/Divulgação)

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Clara Cerioni

Publicado em 11 de outubro de 2018 às 16h10.

São Paulo – Os temas de segurança e gestão fiscal dominaram o primeiro debate de segundo turno dos candidatos ao governo do Rio de Janeiro:

Wilson Witzel, do PSC, e Eduardo Paes, do DEM, participaram de uma sabatina nesta quinta-feira (11), na sede da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro e transmitido pela Rádio Band News, com mediação do diretor de jornalismo do Grupo Band do Rio, Rodolfo Schneider.

Witzel, que surpreendeu na arrancada final e ficou com 41,2% dos votos válidos, voltou a dizer que a segurança será regida com mais dureza para coibir a criminalidade no estado.

“Bandido de fuzil nós vamos abater. Segurança pública é um tema muito importante para o estado. Cerca de 45% das empresas já sofreram algum tipo de crime e isso causa um prejuízo para os cofres públicos de 8 bilhões de reais. Temos que ter propostas claras, como unificar as ações das polícias militar e civil e implantar um sistema de monitoramento por câmaras 24h que garantirá mais segurança para a população e para as empresas”, disse o candidato do PSC.

Paes, ex-prefeito do Rio de Janeiro que teve 19,5% dos votos válidos, também defendeu um melhor aparelhamento das polícias e investir mais nas áreas de inteligência.

“O sistema deixou de funcionar porque teve uma redução drástica dos investimentos em segurança, principalmente em inteligência. Isso fará com que as polícias ajam de maneira mais efetiva, não sair atirando quando entra nas comunidades”, ressaltou Paes.

Na questão fiscal, novamente os candidatos voltaram ao confronto. Witzel disse que irá propor um novo modelo para o pagamento da dívida pública do estado.

“A nossa proposta é alongar esse pagamento para dar mais fôlego as contas do estado”, disse acrescentando que a dívida aumentou muito com os investimentos realizados para receber a Copa do Mundo, em 2014 e a Olimpíada em 2016.

O líder nas pesquisas disse ainda que irá mudar o modelo de licitação e com isso deverá atrair investidores.

“Vamos descentralizar geração de energia elétrica, atômica, vamos privatizar portos e aeroportos. A expectativa é, em 4 anos, atrair 100 bilhões de reais com os investimentos privados e os realizados pela Petrobras”, afirmou ele.

Witzel disse, ainda, que quer um homem como o “ministro Levy (Joaquim) para comandar a secretaria da Fazenda”. Levy foi ministro da Fazenda no governo Dilma, antes do impeachment, em 2015. Hoje, ele é executivo do Banco Mundial.

Já Paes afirmou que irá negociar com o governo federal o pagamento da dívida com a União. E para aumentar a arrecadação do estado, ele propôs, fazer uma severa auditoria para identificar os inadimplentes com o fisco.

“Vamos olhar com lupa a dívida ativa do estado. É uma coisa que dá para fazer e já fiz na prefeitura. O que não dá é estrangular o servidor, vamos tratá-lo com respeito”, ressaltou Paes.

Os candidatos responderam a perguntas de Sérgio Duarte e Carlos Gross, vice-presidentes da Firjan, e também de Jonathas Goulart, coordenador de estudos econômicos da federação. Também fizeram perguntas jornalistas do Grupo Band e o público, que participou pelas redes sociais.

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