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Depoimento de Joesley, criação de emprego, tensão na bolsa e mais

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Joesley: o empresário prestou depoimento à Polícia Federal nesta quarta-feira em São Paulo (Leonardo Benassatto/Reuters)

Joesley: o empresário prestou depoimento à Polícia Federal nesta quarta-feira em São Paulo (Leonardo Benassatto/Reuters)

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EXAME Hoje

Publicado em 9 de agosto de 2017 às 20h13.

Última atualização em 9 de agosto de 2017 às 20h14.

Um (pequeno) alívio no mercado de trabalho

O mercado de trabalho brasileiro teve saldo positivo pelo quarto mês consecutivo, com a criação de 35.900 vagas formais em julho, segundo dados divulgados nesta quarta-feira pelo Ministério do Trabalho e Emprego. O saldo de julho resulta da diferença entre 1.167.770 admissões e 1.131.870 demissões no mês passado. De janeiro a julho, há saldo positivo acumulado de 103.258 novas vagas. Analistas previam a criação de 30.000 vagas. Os dados de desemprego reforçam o otimismo do ministro. No final de julho foi divulgado que a taxa de desemprego caiu para 13% no segundo trimestre, no primeiro recuo desde 2014. Ainda assim, vale lembrar, o Brasil tem 13,5 milhões de desempregados, quase 2 milhões de pessoas a mais do que no mesmo período do ano passado.

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Depoimento de Joesley

O empresário Joesley Batista prestou depoimento à Polícia Federal nesta quarta-feira em São Paulo. A ação em questão investiga o uso de informações privilegiadas na venda de ações da JBS para diminuir seus prejuízos, sabendo da repercussão que teria sua delação premiada no mercado. Joesley negou que os executivos da J&F tenham efetuado propositalmente as operações financeiras às vésperas da divulgação do acordo e disse que não tinha como saber da data da homologação do acordo. Diz o empresário que a companhia precisava de liquidez em um cenário de deterioração do crédito, inclusive com a venda de ativos. Seu irmão e sócio, Wesley Batista, manteve o mesmo discurso em depoimento mais tarde.

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Palmas e vaias para Temer

Depois de admitir que o Ministério da Fazenda realiza estudos para aumentar a alíquota do Imposto de Renda, o presidente Michel Temer reforçou em discurso que o imposto não será aumentado, como fez em nota na noite de ontem. “Quero dizer uma coisa para ganhar aplausos: até ontem se dizia na imprensa que iríamos aumentar o Imposto de Renda. Não é verdade. Não haverá aumento, absolutamente não haverá”, afirmou Temer, aplaudido na sequência. Ao fim do discurso, contudo, foram também ouvidas vaias ao presidente, acompanhadas de protestos pedindo “Fora, Temer” e eleições diretas. Em sua fala, o presidente não fez referências à crise política.

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Aécio e Furnas

A Polícia Federal afirma em relatório que não tem provas para relacionar o senador Aécio Neves (PSDB-MG) a recebimento de propinas por contratos de Furnas, apesar das irregularidades constatadas na gestão de Dimas Fabiano Toledo, que teria dito a um delator que a divisão dos valores era“um terço para o PT de São Paulo, um terço para o PT nacional e um terço para Aécio”. O envolvimento do tucano foi denunciado por três delatores da Operação Lava-Jato. Segundo o delegado , os relatos do doleiro Alberto Yousseff e do ex-senador cassado Delcídio do Amaral “não foram embasados com nenhum outro elemento de colaboração”. O terceiro depoimento é do lobista Fernando Moura e, segundo o documento “precisa ser avaliado com cautela, por se tratar de pessoa que já foi desacreditada pela Justiça, e teve seu acorda de colaboração premiada revogado por ter mentido em juízo”. O relator do inquérito no Supremo Tribunal Federal é o ministro Gilmar Mendes. A defesa pede o arquivamento do inquérito.

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Imposto sindical

Ainda sobre imposto, o ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, ressaltou nesta quarta-feira que não haverá tributação obrigatória repassada aos sindicatos depois da reforma trabalhista. Em substituição, a contribuição sindical, segundo Nogueira, não vai exceder o valor da extinta. O teto, portanto, seria um dia de trabalho, como era antes. “O imposto sindical passou no Brasil, não vai ter mais. Não haverá contribuição maior que o imposto sindical”, disse. Michel Temer havia prometido aos representantes de centrais sindicais uma compensação pelo fim do imposto sindical obrigatório. A nova contribuição deve ser inserida como medida provisória, mas ainda há pressão de setores industriais, contrários à criação do tributo.

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LDO sancionada

O presidente Michel Temer sancionou, com vetos, a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para 2018. A lei prevê um aumento de 4,5% no salário mínimo no próximo ano, passando de 937 para 979 reais. Em texto enviado ao Senado, o governo afirma que vetou alguns pontos por “contrariedade ao interesse público e inconstitucionalidade”. Um dos vetos foi ao ponto que previa que projetos de lei e medidas provisórias relacionadas ao aumento de gastos com pessoal e encargos sociais não poderiam ser usados para conceder reajustes salariais posteriores ao término do mandato presidencial em curso. Outro veto foi ao que dizia que o Executivo adotaria providências e medidas com o objetivo de reduzir o montante de incentivos e benefícios de natureza tributária, financeira, creditícia ou patrimonial.

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FGTS : +0,61% no PIB

O Ministério do Planejamento divulgou nota em que afirma que a liberação dos recursos das contas inativas do FGTS deve gerar uma contribuição positiva de 0,61 ponto porcentual para o produto interno bruto (PIB) do país deste ano. O saque das contas injetou 44 bilhões de reais na economia e beneficiou 25,9 milhões de trabalhadores.

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Bolsa: dia de tensão

O Ibovespa caiu 0,34% nesta quarta-feira, seguindo o pessimismo dos mercados internacionais. Nos Estados Unidos, o Dow Jones fechou em baixa de 0,17%. Na Europa, o Stoxx-600 fechou em queda de 0,73%, enquanto o FTSE-100 recuou 0,59%. A queda nos mercados foi atribuída ao aumento do temor dos investidores em meio à “guerra verbal” entre Estados Unidos e Coreia do Norte. O presidente americano, Donald Trump, elevou o tom ao tratar das ameaças de bomba nuclear feitas pela Coreia do Norte. Já o dólar subiu 0,73% e fechou o dia em 3,15 reais.

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Gol sobe 6,2%

As ações da companhia aérea Gol subiram 6,2% nesta quarta-feira após o resultado divulgado pela empresa. A Gol teve um lucro operacional de 37 milhões de reais no segundo trimestre — o primeiro dado positivo para o segundo trimestre em sete anos. A companhia teve um prejuízo de 475 milhões de reais no segundo trimestre, valor que foi impactado negativamente em 226 milhões de reais por efeitos cambiais. A dívida da companhia fechou o trimestre em 4,9 bilhão de reais, equivalente a 4,2 vezes sua geração de caixa.
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EUA e Coreia: “Não há ameaça iminente”

Rex Tillerson, secretário de Estado dos Estados Unidos, afirmou que não há ameaça iminente da Coreia do Norte e disse que os americanos não devem se preocupar com nenhum ataque militar ao país asiático. “O presidente enviou uma mensagem dura para que Kim Jong-un entenda, porque parece que ele não compreende a linguagem diplomática”, afirmou Tillerson, que ainda ressaltou que os Estados Unidos têm, sem dúvida, capacidade de se defender e, se necessário, vão defender seus aliados.

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Novo ataque em Paris

Um homem atropelou seis militares no oeste da capital francesa hoje de manhã. Três ficaram gravemente feridos, e o condutor fugiu sem prestar socorro. De acordo com testemunhas, o homem responsável pelo atropelamento não estava armado e não gritou nenhuma palavra de ordem. O suspeito, identificado como Hamou B, foi preso quando seguia em direção à cidade de Calais, no norte da França, e depois de ser perseguido por policiais. Durante a perseguição, a polícia atirou em seu carro, e um policial e o fugitivo ficaram feridos. A polícia francesa ainda não confirmou se o suspeito foi de fato o autor do atropelamento nem se ele utilizava o mesmo carro. O ministro do Interior afirmou que o atropelamento foi um ato deliberado, e não acidental.

América rejeita Venezuela

Ministros e representantes de 12 países do continente americano condenaram publicamente o governo da Venezuela e a atual situação política do país. Em encontro realizado ontem, na capital peruana, líderes de Brasil, Argentina, Costa Rica e outros países do continente não reconheceram a legitimidade da Assembleia Constituinte e reprovaram a ruptura da ordem democrática na Venezuela. Além disso, os representantes americanos se posicionaram a favor do Parlamento venezuelano, controlado atualmente pela oposição a Nicolás Maduro. Por causa dos conflitos e da forte repressão do governo, o país foi suspenso do Mercosul por tempo indeterminado.

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