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Defesa de Bolsonaro avalia fala sobre omissão em delação de Cid como 'luz no fim do túnel'

Advogado Daniel Tesser, que integra a equipe jurídica do ex-presidente, citou a declaração de Fux sobre acordo de colaboração premiada

(FILES) Former Brazilian President Jair Bolsonaro speaks to supporters during an Independence day rally in Sao Paulo, Brazil on September 7, 2024. Brazil's attorney general on February 18, 2025, formally charged far-right former president Jair Bolsonaro and 33 others over an alleged coup attempt after his 2022 election loss. (Photo by NELSON ALMEIDA / AFP) (NELSON ALMEIDA/AFP)
Agência o Globo
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Publicado em 25 de março de 2025 às 18h35.

Última atualização em 25 de março de 2025 às 18h39.

A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro teve todos os requerimentos negados pela Primeira Turma do STF nesta terça-feira. Mas uma fala do ministro Luiz Fux de que houve omissão na delação do tenente-coronel Mauro Cid foi vista como uma “luz no fim do túnel”. Ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, o militar firmou um acordo de colaboração com a Polícia Federal que serviu como base para as investigações.

— É uma luz no fim do túnel. Ficou claro que teve omissões. Nove depoimentos — afirmou o advogado Daniel Tesser, que integra a equipe jurídica de Bolsonaro comandada por Celso Vilardi.

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Embora tenha votado com os demais ministros contra o pedido da defesa pela nulidade da delação de Cid, Fux criticou o fato de o colaborador ter feito nove depoimentos. O ministro indicou que pode votar por uma eventual nulidade do acordo do tenente-coronel por omissões durante as oitivas.

— Nove delações representam nenhuma delação. Não tenho a menor dúvida que houve omissão [ de Cid ]. Tanto houve omissão que houve nove delações — afirmou Fux.

O ministro entendeu que não há razão, ainda, para decretar a nulidade da delação neste momento do processo e que Cid será ouvido ao longo de eventual ação penal sobre a coerência das informações prestadas.

Vilardi critica acesso restrito às provas

Ao sair do Supremo, Vilardi criticou o que chamou de “inovação” da Corte ao não ter acesso à integralidade das provas.

— Em 34 anos, eu nunca tinha visto não ter oportunidade de verificar as mídias — disse o criminalista.

Acompanhe tudo sobre:Jair BolsonaroSupremo Tribunal Federal (STF)Luiz Fux

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