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O PT protocolou na quarta-feira o pedido de registro da candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para a disputa pela Presidência

Eleitores de Lula: 10.000 integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra apoiaram o ex-presidente (Ueslei Marcelino/Reuters)

Eleitores de Lula: 10.000 integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra apoiaram o ex-presidente (Ueslei Marcelino/Reuters)

EH

EXAME Hoje

Publicado em 16 de agosto de 2018 às 07h24.

Última atualização em 16 de agosto de 2018 às 07h28.

Dodge age rápido

A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, pediu na noite desta quinta-feira que a candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao Palácio do Planalto seja barrada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por considerar que o petista é inelegível após ter sido condenado em segunda instância. O pedido, encaminhado ao ministro Roberto Barroso do TSE, argumenta que o ex-presidente foi condenado criminalmente em segunda instância, no âmbito da operação Lava Jato. Segundo a Lei da Ficha Limpa, esse fato retirou dele a capacidade eleitoral passiva.

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PT registra Lula

O PT protocolou na tarde desta quarta-feira no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) o pedido de registro da candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para a disputa pela Presidência da República. Entre os políticos que participaram do ato de registro estão o candidato a vice na chapa, Fernando Haddad, a ex-presidente Dilma Rousseff, a presidente do PT, senadora Gleisi Hoffmann, e a deputada estadual gaúcha Manuela D’Ávila (PCdoB), que deverá assumir a vaga de candidata a vice caso Lula seja vetado pela Justiça. Cerca de 10.000 integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), número estimado pela Polícia Militar, se reuniram em frente ao TSE para defender a candidatura do petista.

Alckmin depõe

O candidato do PSDB à Presidência da República prestou uma hora de depoimento ao Ministério Público paulista nesta quarta sobre um inquérito civil, no qual é investigado por suposto repasse de 10,3 milhões de reais da Odebrecht via caixa 2 para suas campanhas de 2010 e 2014. O inquérito civil em São Paulo foi instaurado no dia 20 de abril pelo promotor Ricardo Manuel Castro. Além de Alckmin, são alvos da investigação Adhemar César Ribeiro, cunhado do tucano e acusado de operar os repasses, e o ex-secretário e ex-tesoureiro da campanha alckmista de 2014 Marcos Monteiro. Segundo a Folha de S.Paulo, após o depoimento, a defesa de Alckmin afirmou que estuda pedir o arquivamento dos inquéritos civil e eleitoral.

Exploração eleitoral

Em despacho publicado nesta quarta 15, o juiz Sergio Moro redesignou a audiência em que Lula será interrogado sobre o sítio de Atibaia para o dia 14 de novembro. Portanto, após as eleições. Segundo o magistrado, os interrogatórios estão designados para 27 de agosto a 11 de setembro, o que coincidirá com o período de campanha. O juiz afirma que sua intenção é não interferir no jogo eleitoral. “Um dos acusados foi condenado por corrupção e lavagem na ação penal e encontra-se preso por ordem do Egrégio Tribunal Regional Federal da 4ª Região, tendo a medida sido mantida pelos Tribunais Superiores. Apesar disso, o acusado apresenta-se como candidato à Presidência da República”, escreveu Moro, sobre Lula, sem citar nominalmente o ex-presidente. “A fim de evitar a exploração eleitoral dos interrogatórios, seja qual for a perspectiva, reputo oportuno redesignar as audiências”, afirma o juiz. Também foram transferidas audiências com Emílio e Marcelo Odebrecht, Léo Pinheiro e Fernando Bittar, entre outros.

Cresce no mês, cai no trimestre

A economia brasileira conseguiu recuperar em junho todas as perdas sofridas no mês anterior por conta da greve dos caminhoneiros, mas ainda assim fechou o segundo trimestre com contração, a primeira depois de cinco períodos seguidos no azul. O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), espécie de sinalizador do Produto Interno Bruto (PIB), subiu 3,29% em junho, compensando totalmente a queda de 3,28% vista no mês anterior, informou o BC nesta quarta-feira (15). Ainda assim, a economia brasileira fechou o segundo trimestre com queda de 0,99% em relação aos três meses anteriores, depois de ter subido 0,20% entre janeiro e março na mesma base de comparação.


Google na mira do Cade

O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) está considerando abrir uma investigação contra o Google por suposto abuso no mercado de sistemas operacionais para celulares, disse o presidente do Cade em entrevista publicada no jornal Valor Econômico desta quarta-feira. As falas de Alexandre Barreto acontecem semanas depois de o órgão de defesa da concorrência da União Europeia ter multado o Google em um valor recorde de 4,34 bilhões de euros (4,91 bilhões de dólares) e ordenado que a empresa parasse de usar o sistema operacional Android para bloquear o avanço de rivais. De acordo com o jornal, Barreto disse que o Cade decidirá se vai investigar formalmente o Google, cuja empresa controladora é a Alphabet, dependendo dos resultados de uma avaliação que já está em andamento. “O que estamos fazendo, agora, é analisar a decisão da União Europeia para decidir se é o caso de termos uma atuação aqui ou não”, disse Barreto.

Abaixo da inflação

O preço do aluguel de imóveis subiu 1,02% nos últimos 12 meses, segundo o Índice FipeZap de Locação, que acompanha o preço médio de imóveis anunciados para alugar em 15 cidades brasileiras. Apesar da alta, o valor de locação ficou abaixo da inflação no mesmo período. Considerando a inflação medida pelo IPCA, de 4,48% nos últimos 12 meses, o preço médio do aluguel teve queda real de 3,31% no período. A queda real é registrada quando o valor de um determinado bem sobe menos que a inflação. Desde o início do ano, o preço médio do aluguel acumula alta de 1,99%, enquanto a inflação medida pelo IPCA foi de 2,94% no período. A tendência é que o preço do aluguel siga subindo abaixo da inflação até o fim do ano. Por isso, locatários têm poder de barganha para negociar preço na hora de fechar contrato ou reajustar o aluguel.

Turquia contra-ataca

O governo da Turquia anunciou a imposição de tarifas sobre produtos eletrônicos produzidos nos Estados Unidos. A medida é uma resposta à imposição de tarifas realizada pelo governo americano anteriormente, sobre o aço e alumínio turco. Segundo o governo, itens como arroz, álcool, carvão e cosmético importados dos Estados Unidos terão tarifas extras. Nas últimas semanas, a lira recuou a patamares mínimos ante o dólar, com desvalorização acumulada de cerca de 42% este ano.

E Catar se alia

O governo do Catar anunciou um pacote de projetos econômicos, investimentos e depósitos para a Turquia. A medida tomada pelo aliado do Golfo ofereceu à Turquia suporte adicional para uma recuperação da lira após o banco central turco ter apertado a liquidez e refreado a venda da moeda. A repórteres em Washington, a porta-voz da Casa Branca, Sarah Sanders, também destacou que os Estados Unidos não tinham planos de remover as tarifas sobre o aço se o pastor americano Andrew Brunson — preso há dois anos acusado de colaborar com o frustrado golpe de Estado turco — fosse solto.

É dinheiro o problema, não a Rússia

Um procurador dos Estados Unidos afirmou que o ex-chefe de campanha do presidente Donald Trump, Paul Manafort, mentiu para “um banco atrás do outro” para obter empréstimos e falsificou sua declaração de imposto de renda. Em julgamento pelo tribunal do estado de Virgínia, Manafort é acusado de fraude tributária e bancária. Além disso, o ex-chefe de campanha é acusado informalmente por manter relações com o governo da Rússia durante a campanha eleitoral de Trump, em 2016. Segundo o procurador especial Robert Mueller, Manaford tinha “uma enorme caçamba de dinheiro escondida” no exterior, e que tentou enganar banqueiros com declarações financeiras adulteradas em 2015 e 2016 para emprestar oferecendo imóveis como garantia. Manafort também foi acusado de não revelar contas bancárias no exterior. Se considerado culpado de todas as acusações, ele pode receber uma pena de 8 a 10 anos de prisão.

Buffett de olho na Apple

O empresário e filantropo Warren Buffett aumentou sua participação na companhia de eletrônicos Apple. A Berkshire Hathaway – holding de investimentos fundada pelo próprio Buffett – adquiriu 12,4 milhões de ações da companhia, aumentando sua participação de 46,6 bilhões de dólares. Com isso, a Apple passa a representar 24% dos investimentos da Berkshire, que detém 5% da empresa. Em entrevistas, Buffett já tinha declarado grande interesse pelas vendas do iPhone, principal produto da Apple. Segundo ele, a companhia era uma empresa “inacreditável”, e que tinha grande apreço pela gestão e pela forma como os funcionários pensavam. No início do mês, a Apple passou a valer 1 trilhão de dólares.

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