Corrupção é vista como maior problema do Brasil pela 1ª vez
34% dos eleitores brasileiros têm a corrupção como principal preocupação
Guilherme Dearo
Publicado em 29 de novembro de 2015 às 10h59.
São Paulo - Pela primeira vez, os brasileiros consideram a corrupção o maior problema nacional.
A descoberta é de uma nova pesquisa do Datafolha e foi divulgada hoje (29) pelo jornal Folha de S.Paulo.
Em pesquisa feita entre os dias 25 e 26 de novembro, 34% dos eleitores citaram a corrupção como o grande problema atual.
Depois, vieram saúde (16%), desemprego (10%), educação e violência (8%) e economia (5%).
Desde 2009, a saúde era a grande preocupação dos brasileiros. Atrás, vinha a questão da violência.
A corrupção começou a se tornar uma preocupação mais forte a partir de 2013. Em 2015, atingiu seu ápice.
Durante os mandatos de Fernando Henrique Cardoso e Lula, nunca a corrupção foi vista como principal problema por mais 9% dos eleitores.
A evolução do país em uma série de indicadores apresentados no estudo, em certa medida, confirma o argumento do presidente do Inep. O aumento da proporção dos recursos investidos na Educação é uma delas. Em 2012, o Brasil passou a destinou 4,7% do PIB para o setor – doze anos antes, o percentual era de 2,4%. Outra maneira de medir o quanto o sistema educacional está evoluindo em uma dada localidade é comparar as taxas de escolaridade em diferentes gerações – e o Brasil teve um resultado positivo nesta análise. De acordo com o estudo, apenas 28% dos brasileiros na faixa etária dos 55 aos 64 possuem um diploma do Ensino Médio, no entanto, a proporção aumenta para 61% quando se analisa a taxa de conclusão do ensino médio entre os jovens com idade entre 25 e 34 anos. O número de pessoas que terminaram a faculdade no país também avançou nos últimos anos – embora que a passos lentos. Entre 2009 e 2013, a proporção de brasileiros que tinha um diploma de ensino superior subiu de 11% para 14%. Mesmo assim ...
Entre os países analisados, o Brasil tem uma das piores taxas de conclusão de ensino médio entre jovens de 25 e 34 anos. E, segundo o estudo, quase dois terços dos dos jovens de 20 a 25 anos não está estudando. Pior: 20% dos brasileiros de 20 a 29 fazem parte da geração nem-nem, aquela formada pelas pessoas que não trabalham e não estudam. Veja, a seguir, outros dados que contrariam o lema declamado por Dilma Rousseff, durante a cerimônia de posse de seu segundo mandato, de que o Brasl seria uma pátria educadora.