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Cônsul alemão acusado de matar marido é incluído na lista de foragidos da Interpol

Juiz Gustavo Gomes Kalil comunicou sobre o mandado de prisão às embaixadas da Alemanha e da Bélgica, além do Ministério de Relações Exteriores

Um ofício foi encaminhado para a Polícia Federal pelo magistrado, solicitando a inclusão (Andre BORGES/Getty Images)

Um ofício foi encaminhado para a Polícia Federal pelo magistrado, solicitando a inclusão (Andre BORGES/Getty Images)

AO

Agência O Globo

Publicado em 31 de agosto de 2022 às 13h44.

O nome do cônsul alemão Uwe Herbert Hahn, réu pela morte do marido, o belga Walter Biot, já consta na lista de procurados da Interpol. A inserção da informação sobre o mandado de prisão contra Uwe na chamada Difusão Vermelha foi determinada pelo juiz Gustavo Gomes Kalil, da 4ª Vara Criminal da capital na última segunda-feira.

Um ofício foi encaminhado para a Polícia Federal pelo magistrado, solicitando a inclusão. O juiz também comunicou sobre o mandado de prisão às embaixadas da Alemanha e da Bélgica, além do Ministério de Relações Exteriores.

Uwe estava preso até a última sexta-feira, quando foi beneficiado por uma decisão da desembargadora Rosa Helena Penna Macedo Guita, da 2ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio.

A magistrada relaxou a prisão do cônsul alegando demora do Ministério Público estadual para apresentar denúncia contra ele. Após ter sido solto, o cônsul deixou o Brasil rumo à Alemanha, já que nenhuma medida cautelar foi imposta, como recolhimento de seu passaporte.

Na segunda-feira, dia em que Uwe chegou ao seu país de origem, o MP apresentou denúncia contra ele pela morte do marido. O juiz Gustavo Gomes Kalil tornou Uwe réu e decretou sua prisão preventiva.

A Justiça também negou o pedido de sigilo da defesa do cônsul e determinou ainda a quebra de sigilo de dados dos aparelhos celulares apreendidos pela polícia durante a investigação.

O Ministério Público de Berlim vai investigar o cônsul pela morte do marido. As autoridades alemães devem pedir detalhes do caso para a Polícia Civil do Rio e o Ministério Público do Rio. As informações foram divulgadas pela DW e pela agência DPA.

 

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