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Cavendish se torna réu novamente em processo da Lava Jato

O juiz Marcelo Bretas aceitou denúncia contra ele e mais cinco pessoas na ação que investiga superfaturamento na obra de ampliação da Marginal Tietê

Fernando Cavendish: de acordo com a denúncia, o superfaturamento na obra, que custou R$ 360 milhões, foi de R$ 71,6 milhões (Fabio Rodrigues/Agência Brasil)

Fernando Cavendish: de acordo com a denúncia, o superfaturamento na obra, que custou R$ 360 milhões, foi de R$ 71,6 milhões (Fabio Rodrigues/Agência Brasil)

AB

Agência Brasil

Publicado em 8 de março de 2017 às 18h17.

O empreiteiro Fernando Cavendish, ex-dono da Construtora Delta, voltou a ser réu em processo da Operação Lava Jato.

O juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal, da Justiça Federal no Rio de Janeiro, aceitou denúncia contra ele e mais cinco pessoas na ação que investiga superfaturamento na obra de ampliação da Marginal Tietê, em São Paulo.

Inicialmente, a denúncia havia sido feita à 14ª Vara Criminal da Comarca da Capital de São Paulo, mas em julho do ano passado Cavendish foi preso na Operação Saqueador, do Ministério Federal do Rio de Janeiro, um desdobramento da Operação Lava Jato.

Ele foi levado para o presídio de segurança máxima Bangu 8, no Complexo de Gericinó, mas foi solto cerca de um mês depois por efeito de liminar.

De acordo com a denúncia, o superfaturamento na obra, que custou R$ 360 milhões, foi de R$ 71,6 milhões.

Os valores foram pagos pela estatal Desenvolvimento Rodoviário S/A (Dersa) para o Consórcio Nova Tietê, liderado pela Delta. O valor inicial era R$ 287 milhões.

Até o fechamento da matéria, a defesa de Cavendish não havia sido encontrada para comentar a decisão da Justiça. Os acusados deverão apresentar resposta à acusação no prazo de dez dias.

Segundo as investigações do Ministério Público Federal (MPF), Cavendish participou de um esquema que desviou R$ 370 milhões de obras feitas pela Construtora Delta para 18 empresas fantasmas.

As investigações apontaram que os valores eram sacados em dinheiro para impedir o rastreamento da propina entregue a agentes políticos.

No mês passado, a 7ª Vara Federal Criminal começou a colher depoimentos de testemunhas de acusação do processo da Operação Saqueador.

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