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Casa Civil exonera assessor do MEC e aprofunda desgaste de Vélez

Bruno Garschagen era um nome próximo do guru de Bolsonaro, Olavo de Carvalho

Vélez: uma das baixas foi substituída por um nome militar (Ueslei Marcelino/Reuters)

Vélez: uma das baixas foi substituída por um nome militar (Ueslei Marcelino/Reuters)

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Clara Cerioni

Publicado em 4 de abril de 2019 às 10h53.

Última atualização em 4 de abril de 2019 às 11h12.

São Paulo — O Ministério da Educação perdeu mais dois nomes nesta quinta-feira (4).

Foram demitidos um dos principais assessores do ministro da Educação, Ricardo Vélez Rodriguez, Bruno Meirelles Garschagen e a chefe de gabinete, Josie de Jesus, substituída por um nome militar.

As exonerações foram publicadas no Diário Oficial da União e assinadas pelo ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni.

Garschagen era um nome próximo de Olavo de Carvalho. Ele havia sido nomeado em 30 de janeiro e era responsável pela comunicação e contato com a imprensa.

Ele também é autor de um livro intitulado Pare de Acreditar no Governo. De acordo com o jornal O Estado de S.Paulo, ele foi um dos assessores que participaram da decisão de mandar às escolas a carta do ministro com slogan da campanha de Jair Bolsonaro e com pedido para que as crianças fossem filmadas cantando o Hino Nacional.

Já Josie de Jesus era ex-funcionária do Centro Paula Souza, em São Paulo, e ficou menos de um mês no cargo, sua nomeação foi publicada no dia 11 de março.

No lugar dela, Onyx anunciou Marcos de Araújo, ex-subcomandante geral da Polícia Militar do Distrito Federal e professor da Academia dos Bombeiros de Brasília.

Mudanças no MEC

As baixas acontecem um dia depois de o ministro dizer que haverá mudanças em livros didáticos para revisar a maneira como são retratados nas escolas o golpe de Estado que retirou o presidente João Goulart do poder, em 1964, e o regime militar que o seguiu.

Vélez diz acreditar que a mudança de regime, há 55 anos, não foi um golpe, e sim uma “mudança de tipo institucional”. Além disso, teria dito que o período que seguiu a posse do general Castello Branco não seria ditadura, e sim um “regime democrático de força”. A tese é refutada por historiadores que estudaram o período.

Desde que assumiu o posto, o ministro enfrenta uma série de medidas polêmicas, mais de 17 exonerações e seis recuos. A situação do ministro tem ficado insustentável, segundo aliados do governo.

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