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Bolsonaro diz que PL precisa apostar em 'união da direita' para eleições em 2024; sobretudo em SP

Na capital paulista, o PL rifou o deputado Ricardo Salles (PL) da disputa para a Prefeitura no ano que vem e negocia uma aliança com Ricardo Nunes

No evento em Belo Horizonte, Bolsonaro ainda citou que "a direita sempre esteve unida" (Ton Molina/Bloomberg/Getty Images)

No evento em Belo Horizonte, Bolsonaro ainda citou que "a direita sempre esteve unida" (Ton Molina/Bloomberg/Getty Images)

Estadão Conteúdo
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Agência de notícias

Publicado em 25 de setembro de 2023 às 08h26.

O ex-presidente Jair Bolsonaro afirmou que o PL precisa resolver alguns "problemas" para as eleições de 2024, inclusive em São Paulo. A declaração foi dada após atritos com o prefeito da capital paulista, Ricardo Nunes (MDB), com quem tem se reaproximado.

"Se Deus quiser, vamos resolver a questão do Ceará. Temos alguns outros problemas por aí, vão pintar alguns problemas em São Paulo, a gente vai resolver isso tudo", disse Bolsonaro durante participação na CPAC (Conferência de Ação Política Conservadora, na sigla em inglês) por videoconferência neste sábado, 23.

Ricardo Nunes diante do PL

Em São Paulo, o PL rifou o deputado Ricardo Salles (PL) da disputa para a Prefeitura no ano que vem e negocia uma aliança com Ricardo Nunes. Atraindo certa desconfiança da base bolsonarista, Nunes vive um "vaivém" com o ex-presidente.

No último dia 5, o prefeito disse em uma palestra que não tinha proximidade nem Bolsonaro nem com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). No dia 15, o prefeito visitou o ex-presidente no Hospital Vila Nova Star, onde Bolsonaro passou por duas cirurgias. Nunes já disse diversas vezes que espera ter o apoio dele para o projeto de reeleição.

No Ceará, também citado por Bolsonaro no evento, aliados esperam do ex-presidente uma definição sobre o candidato a prefeito de Fortaleza. O grupo político do PL discute o lançamento das pré-candidaturas do deputado André Fernandes (PL), do deputado estadual Carmelo Neto (PL) ou de algum outro nome. O ex-deputado federal Capitão Wagner (União), antigo aliado de Bolsonaro, corre paralelamente. Bolsonaro é apontado como aquele que vai bater o martelo sobre o candidato do PL na corrida.

União da direita

No evento em Belo Horizonte, Bolsonaro ainda citou que "a direita sempre esteve unida". "O que nos falta é cada vez mais acertarmos o nosso norte", disse o ex-presidente à plateia da CPAC.

Neste sábado, também na CPAC, o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), defendeu a união da direita. "No ano que vem, eleição municipal, temos de eleger bons vereadores e bons prefeitos aqui em Minas e em todo Brasil e a direita precisa trabalhar unida, nós temos de estar juntos", disse o governador.

Sem citar Zema, Fábio Wajngarten, assessor de Bolsonaro, criticou "esse papo de unir a direita". "Quando se olha a realidade, quem o propaga não mexe uma palha pela tal 'direita'" afirmou, no X (antigo Twitter), no sábado.

O governador de Minas é um dos pré-candidatos apontados para a disputa à Presidência em 2026, assim como os governadores de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), e do Paraná, Ratinho Júnior (PSD). Eles são cotados para disputar o espólio de Bolsonaro, que se tornou inelegível por decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

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